Há uma lenda que circula por aí…
Diz que, na sociedade pós moderna, todos nós teremos direito a 15 minutos de fama. Essa conversa vem lá dos anos 70, quando o mundo ainda se refazia da Guerra do Vietnã, e profetiza a supremacia dos mass mídia sobre a chamada sociedade cultural.
Bem…
Tantos anos depois, posso lhes dizer que não sei se terei meus 15 minutos de fama – e nem os espero. Quem sabe até já os tive e não percebi. Querem um exemplo? O dia que mais de 300 pessoas acessaram esse blog e eu não havia postado.
O que sei, de verdade mesmo, é que tenho hoje 15 minutos para postar – e já perdi quase oito minutos só nessas poucas e insipientes linhas…
— ATCHIMMMMM…
Desculpem!
Estou resfriado ou gripado?
Vou esperar o Fantástico para ver se o doutor Drauzio Varela me explica a diferença…
II.
Como ia dizendo — e já perdi mais dois minutos entre o espirro e esta prosaica e dispensável linha…
Sinceramente, eu nada ia dizendo além do que disse aí em cima…
E faltam agora três minutos para esgotar o meu prazo…
Na verdade, enfileirei um punhado de assuntos para nossa conversa de hoje.
Alguns tristes…
(A irresponsabilidade de nossas autoridades a permitir que um assassino hediondo possa sair da cadeia para aproveitar em liberdade os fins de semana – e cometa outras atrocidades. Que País é este!)
Outros desalentadores…
(O banho de sangue em Mianmá para conter a revolta dos monges. Tem jeito este mundo?)
Ou o tipicamente brasileiro…
(Qual e? O fim da novela de Gilberto Braga e o desvendar do mistério de quem matou Taís. Foi o Olavo – aliás, o personagem era o cão raivoso. Mas, o ator Wagner Moura foi o grande nome da novela.)
… Mas, terei que descartá-los. 15 minutos. Tempo esgotado…
Tenho um compromisso inadiável. Aliás, dois:
Vou ouvir o jogo do Palmeiras, depois vou esperar para rever Bebel nas páginas da Playboy.