— A seleção representa a Pátria.
(O pai bem que tentou explicar ao garoto de 7 anos.)
Não ajudou muito.
Explico.
Ainda domingo passado,
Jornalista
Jornalista
— A seleção representa a Pátria.
(O pai bem que tentou explicar ao garoto de 7 anos.)
Não ajudou muito.
Explico.
Ainda domingo passado,
Intervalo dos jogos da Copa.
Um dia sem ver a bola rolando…
Mesmo assim a sexta é de palpites para as oitavas de final.
Me perdoem se os caríssimos cinco ou seis leitores esperavam algo diferente.
Escrevo enquanto assisto ao jogo entre Inglaterra e Bélgica que encerra a primeira fase do Mundial da Rússia.
Primeiro tempo. Um zero a zero chocho, sem maior entrega de dois times que já pensam nos adversários a partir das oitavas de final.
Fiquei feliz com a tranquila vitória da seleção brasileira sobre a Sérvia nesta tarde, pelo Mundial da Rússia. Depois de ontem ver o sufoco da Argentina e o vexame da Alemanha hoje pela manhã,
Em meio à muvuca do metrô, ouço a pergunta de alguém que não conheço e que, confesso aqui, não foi feita para mim:
– E algum brasileiro em sã consciência consegue ficar imune à Copa nesses tempos de globalização?
Ando meio embrutecido com o que vejo e ouço nesses programas esportivos de TV. São tantos e tamanhos neste período de Copa da Rússia que acabam por se repetir e repetir à exaustão.
Era garoto ainda quando o pai resolveu me presentear com a chave de casa.
Esta, digamos, entrega tinha lá sua simbologia nas famílias italianas do bairro operário do Cambuci.
Eles são muitos
Mas não podem voar
Em conversa com os estudantes ontem, citei o verso acima na vã tentativa de mostrar aos meus gentis interlocutores que o momento é difícil,
Não tive um dia fácil ontem.
Entendam, por favor, o vago tom da conversa de hoje.
(…)
Fiquei longe da TV e dos jogos da Copa.
Falam do Neymar.
Vixê…
Como falam do moleque!!!
(…)
Falam do cabelo.
Da namorada.
Das tatuagens.
Do uso que faz das redes sociais.