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Os festivais dos anos 70

Atendo à solicitação da ex-aluna Greice que, por algum motivo, precisa saber sobre os festivais de música brasileira que ocorreram nos anos 70.

Bom quando os antigos estudantes de jornalismo lembram da gente; é sinal que, modestamente, demos o nosso recado.

Como o feriadão hoje se arrastou brava e preguiçosamente, transformo a resposta em post – e assim cumpro a diária obrigação de blogar.

Vamos lá, então…

I.

Depois que a Record (de 1966 a 1969) e a Globo (de 67 a 72) desistiram de promover festivais nas formas mais tradionais, o primeiro grande evento do gênero foi a Phono 73, uma espécie de feira da música popular, organizada pela gravadora Polygran no Anhembi, em São Paulo, no ano de 1973.

À época, a gravadora reunia em seu cast os nomes maism expressivos da MPB.

Todos foram convocados a participar da Feira com, pelo menos, uma canção inédita.

Importante: a promoção não teve caráter competitivo.

Serviu mais de confraternização entre os artistas e também para ‘matar’ um tantinho de saudades dos grandes festivais dos anos 60.

Um episódio, entretanto, marcou profundamente a festa.

Gilberto Gil e Chico Buarque não puderam cantar “Cálice” que fizeram especialmente para a ocasião.

Houve o corte da energia elétrica quando os músicos tocavam a introdução da música.

II.

Dois anos depois – em 75, portanto – a Globo resolveu investir na fórmula. Apostou no talento de uma nova geração de cantores/compositores, vindos de todas as regiões do País.

Realizou, então, o Festival Abertura, com a grande final em pleno Teatro Municipal de São Paulo.

Mesmo com todo o aparato global, o festival não alcançou maior êxito.

Deixou, entretanto, um saldo bastante positivo, com a revelação de nomes como Djavan, Luiz Melodia (“Ébano”) e Alceu Valença (“Vou Danado Pra Catende”), entre outros.

A música vencedora foi “Como Um Ladrão”, de Carlinhos Vergueiros.

Em segundo, ficou Djavan com “Fato Consumado”.

Em terceiro, o experimentalismo de Walter Franco, com “Muito Tudo”.

III.

Em 1979, duas emissoras de TV voltaram a promover festivais.

A Cultura fez o Festival Universitário em São Paulo e trouxe à tona toda a efervescência da chamada Vanguarda Paulistana, movimento musical que eclodia ali pelos arredores de Pinheiros e Vila Madalena.

“Diversões Eletrônicas”, de Arrigo Barnabé e Regina Porto, foi a vencedora.

O pessoal do Premê ficou em segundo lugar com o samba-de-breque, “Brigando na Lua”, de um dos componentes do grupo Mário Manga que, então, atendia pelo carinhoso apelido de Biafra.

O Festival da Canção, promovido e organizado pela extinta TV Tupi, aconteceu no Anhembi, também em São Paulo. Seu apresentador – acreditem! – foi o cartunista Ziraldo. Caetano Velloso participou como intérprete – cantou “Dona Culpa Ficou Solteira”, de Benjor. Mas, quem venceu foi a toada “Quem Me Levará Sou Eu”, de Dominguinhos e Manduka, intepretada por Fagner.

IV.

Quem diria que este humilde blogueiro teria seu dia de São Google.

Pois é…

Vivendo e aprendendo a blogar…

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