Feriado com um jogo de futebol esperto – e da seleção – na TV.
Pode haver coisa melhor?
Pois há, meus caros… Pois há…
Faz algum tempo que o torcedor comum anda longe ‘amarelinha’.
E que a ‘amarelinha’ – agora com um friso verde ao peito – está longe dos brasileiros.
Hoje, por exemplo, ela joga contra o Egito, no Qatar.
(Semana passada jogou no Gabão.)
— Repare que nem o Galvão (Bueno) foi nessa. Ele que é o maior arroz-de-festa da TV brasileira está transmitindo o jogo do Brasil; de olho na telinha da TV como nós, insignes mortais.
O novo amigo, que divide comigo o balcão da padoca, é enfático no comentário.
Galvão vai enfileirando suas histórias com as celebridades mundiais – “o presidente do Barcelona me dissde…”, “o técnico do Porto me falou…”, “o Bora Milutinovic (técnico que participou de seis Copas) é um grande papo…”.
E nós – órfãos de locutor – vamos tentando reconhecer nossos craques.
Tem o Hernanes, o Daniel Alvez, o Thiago Silva, o Bruno César, o Jonas, que conhecemos. Nem todos têm bola para estar na seleção, mas conhecemos.
Outros, porém, só temos condições de identificar com “a ajuda dos universitários”
Hulk, Fernandinho, Diego Alves, Lucas Leiva, Alecssandro, David Luiz…
Mano Menezes está impecável em seu terno de grife. De fazer inveja ao Luxemburgo…
Só o jogo que continua insosso, com toques laterais, pouca criatividade.
A seleção não desperta mais o fascínio de outrora.
— É mais um catado dos boleiros que jogam lá fora do que propriamente uma seleção – diz o novo amigo, antes de pagar o que deve e sair.
O sorridente portuga atrás do balcão recolhe a grana e, na iminência de perder, outros clientes por falta de interesse, faz uma proposta que nos deixa pensativos:
— Se querem, posso passar o tape de uma das partidas da minha Barçelusa, que é bem mais movimentada?
Quase topamos.
Mas, preferimos insistir.
Só pedimos que tirasse o som para não atrapalhar nossos comentários.
