“A Faculdade de Comunicação de Universidade Metodista de São Paulo completou 40 anos em 2012. E, neste ano, 2013, é a vez do “Rudge Ramos Jornal” atingir um marco importante: chegar à sua milésima edição. O RRJ foi criado em julho de 1980, para dar suporte aos alunos do curso de jornalismo. Naquela época, os universitários se voluntariavam para escrever e trabalhar na Redação. Atualmente, passam pelo RRJ todos os anos alunos do curso e, com isso, transformaram o jornal em um marco pioneiro no ensino da comunicação no país.”
Sinto-me feliz – e diria até um tantinho realizado – por ocupar a coordenação do curso de jornalismo da Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo no mágico instante em que vai para as ruas a milésima edição do Rudge Ramos Jornal.
Parabéns a todos – professores e estudantes, de hoje e de sempre – que construíram essa vitoriosa trajetória, com independência e respeito aos pilares do bom jornalismo.
Não exagero ao afirmar que a história do ensino de jornalismo no Brasil passa pelas páginas do RRJ.
Muitos dos grandes jornalistas que hoje aí estão – e não citarei nomes para não ser injusto e deselegante com tantos e tamanhos – viveram a emoção de ver sua primeira reportagem publicada neste jornal-laboratório,
A edição de hoje, aliás, traz alguns depoimentos neste sentido.
Meus prezados cinco ou seis leitores sabem que construí boa parte das minhas andanças jornalísticas em publicações regionais – a principal delas, sem dúvida, foi Gazeta do Ipiranga. Tenho o maior respeito e orgulho de ter batalhado neste flanco da chamada imprensa alternativa que contribuiu de forma decisiva para a reorganização social da sociedade – especialmente a paulistana – nos anos sombrios da ditadura.
Capitaneados por nomes como Tonico Marques, Zé Jofre, Durval Quintiliano, Ari Silva, Armando Prado, Hirão Tessari e outros, os jornais de bairro davam vez e voz às camadas mais carentes da população.
O Rudge Ramos Jornal é herdeiro direto do legado desses pioneiros, Com a vantagem única e inspiradora de, a cada ano, se renovar com a chegada de levas de estudantes, fiéis aos compromissos do bom jornalismo.
E assim, apenas assim, que o sonho se renova…