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De Plagiarius a Raulzito…

Tema velho como a sé de Braga, esse do plágio. Ou plagiato. Plagiarius em Roma era o sujeito que roubava escravos. Ou o cara que comprava e vendia como escravo cidadão livre. O sentido figurado passou às letras e às artes. É uma história exuberante, a dos plágios. E farta é a jurisprudência, já que a controvérsia às vezes só acaba no tribunal. Se não está às escâncaras, o plágio é um gato escondido com o rabo de fora. Hoje se fala em intertextualidade, como ontem, se fazia às claras ‘à la manière de”. Também se faz às claras a paródia.

Na nossa música popular já se disse que samba é como passarinho: é de quem pegar primeiro. (…) Pode ser coincidência, por que não? Ou reminiscência inconsciente. Não há tema novo. Há novas manieras de abordar velhos temas.

O plágio passa mais despercebido quando se dá no campo das ideias, ensaio ou erudição. Fica difícil às vezes dizer o que é de quem.

Por exemplo:

Isso tudo que disse aí em cima não é meu, não. É do saudoso Otto Lara Rezende em crônica antiga (‘Convém Tirar a Limpo’), de janeiro de 1992, para o jornal Folha de S.Paulo.

Quis registrá-la aqui por que vivemos tempos de deslavado ‘recorta-e-cola’ que a web consagrou no campo da criação intelectual. Vale inclusive para a vida e para os amores líquidos como aquele refrão do pessoal tribalista: “Eu sou de todo mundo, e todo mundo é meu também”.

Se cuida aí, rapaziada. Que a estrada fica mais florida quando se tem um tantinho mais de originalidade. Ou, como certa vez, me disse um tal de Raulzito: “Importante é deixarmos nossa impressão digital no mundo”.

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