Agenor de Miranda Araújo Neto completaria hoje 58 anos. São dele alguns dos versos e canções mais emblemáticos do pop-rock nativo dos anos 80.
Exagerado, o Poeta cantou para o dia nascer feliz, para a vida que eu sempre quis, pro mundo inteiro acordar e a gente dormir.
Fez mais e melhor.
Pierrot retrocesso meio bossa nova, meio rock’n’roll nos legou a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida. Embalou-se na batida, bateu-se no embalo da rede, matou a sede na saliva. Foi o pão, foi a comida. Clamou por todo amor que houver nessa vida. E algum trocado que nos dê garantia.
Trouxe mil rosas roubadas. Para desculpar suas mentiras, suas mancadas. Afinal, quando os destinos são traçados na maternidade, ó paixão cruel desenfreada, os amores são por toda a vida, daqui até a eternidade.
Quem tem um sonho não dança, Bete Balanço, por favor.
Avise quando for embora.
O blues é azul, baby.
E dado que, mesmo depois do ano dois mil o mundo não acabou, ele protegeu seu nome por amor em um codinome. Sabem qual? Beija-flor. E avisou: “Não responda nunca, meu amor. Pra qualquer um na rua, Beija-flor”.
Porque o tempo não pára, não pára, não. Não pára. Quem o deu por derrotado, logo se deu conta que ainda estão rolando os dados…
Faz parte do nosso show.
Pois, mesmo tantos anos depois, o Poeta está vivo. Com seus moinhos de vento a impulsionar a grande roda da História.
Quem sabe ainda seja uma garotinha, esperando o ônibus da escola? Sozinha…
Viva, Cazuza!