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Dia Nacional do Samba

Aproveito o 2 de dezembro, consagrado como o Dia Nacional do Samba, para adaptar ao nosso humilde Blog trecho do depoimento do coreógrafo e bailarino Carlinhos do Salgueiro para o documentário “Ziriguidum: Do Morro ao Rio, de autoria de Bruno Thales Rahal, Carlos Vinícius Arriero Leite, Larissa Mariano Bertuolo, Samuel Alves Rodrigues, Victor Hugo Storti Pinto, Vinícius Galvani e Silva e Weslley Gonçalves Mendes.

O documentário foi apresentado (e aprovado) hoje pela manhã como trabalho de conclusão do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.

(…)

“Olha, acho que o samba é a maior representação do Brasil em todo o mundo.

É o ritmo que rege tudo por aqui.

Somos um país com vários ritmos.

Eu tive a oportunidade de ir para o Exterior e ver como o samba é amado por lá.

Então, defendo a valorização do samba (e das escolas) que fazem um dos maiores espetáculos da Terra.

Repito: sei que o Brasil é um país de manifestações muito ricas, diversificadas.

Mas, a cultura do samba, com sua trajetória, com sua história, é a mais predominante. A mais forte.

Por uma série de fatores; diria até, enfrentamentos.

Porque veio da África.

Porque foi proibida.

Porque venceu diversos obstáculos.

Por tudo isso – e também porque se encontrou plena no Rio de Janeiro, o samba move o mundo.

Visitei vinte e um países.

Vou repetir: vin-te-e-um-países… Sabe o que é você chegar lá e as pessoa saber o seu nome, saber da sua cultura e querer se deixar levar pelo samba…

É incrível.

Cheguei em Moscou, certa vez, com um trabalho todo coreografado com as técnicas de balé e arrasei na minha apresentação.

Mas, vejam o detalhe: Moscou é a terra da dança, do balé. Mas, o que as pessoas queriam ver
era como se dança o samba.

Meu diretor artístico falou: nada de coreografias ensaiadas, o que eu quero é ver você sambar.

Mudei tudo, no improviso caí no samba – e arrasei.

Então tenho muito orgulho de dizer que o samba é um divisor de águas na minha vida – e na vida de muita gente. O samba dá trabalho para muita gente. Famílias, comunidades, vivem do samba.

Por isso, o samba não morre. Continua sendo apreciado, respeitado e amado…”

(…)

Neste 2016 de tantas tristezas, uma ironia: reverencia-se o Centenário do Samba, nosso gênero musical mais representativo e que nos alegra a vida.

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