Escrevo enquanto assisto ao jogo entre Inglaterra e Bélgica que encerra a primeira fase do Mundial da Rússia.
Primeiro tempo. Um zero a zero chocho, sem maior entrega de dois times que já pensam nos adversários a partir das oitavas de final.
Já ouvi comentários de que essas duas equipes são as que melhor futebol apresentaram na fase de grupos da Copa. Que podem surpreender e chegar ao título.
Será?
Tenho lá minhas dúvidas. Até porque Panamá e Tunísia, os adversários que enfrentaram nas partidas iniciais, não são parâmetros para qualquer análise e parecer.
O locutor da Globo, o esforçado Luiz Roberto, parece ler o que escrevo e diz que os times estão invictos há muito tempo. Dois anos, a Bélgica. Um ano, a Inglaterra.
“Timaços!”
Gol da Bélgica, aos 5 do segundo tempo. Jogada individual de Janusaj que penteia a bola na lateral direita, bico da área, e bate de pé esquerdo. O goleirão inglês foi nela, mas não achou nada.
A Bélgica agora no caminho do Brasil.
Por enquanto…
(…)
Pela manhã assisti ao confronto da Colômbia e Senegal. Um futebol mais raiz, como se diz hoje em dia.
Ao contrário do jogo de compadres que agora assisto, aquele valia a classificação. Era disputado palmo a palmo do campo, e havia um eletricidade das torcidas rivais. A bem da verdade, nas arquibancadas a supremacia era toda das camisas amarelas dos 30 mil colombianos. Um povo mais festeiro e que, por motivos familiares, me é bem mais simpático.
Comemorei o gol do ex-palmeirense Mina (sem dancinha, óbvio) e, nos minutos finais, fiquei feliz em ver Borja, do meu Verdão, em campo.
Mesmo assim – e paradoxal que sou – lamentei a desclassificação do Senegal. Assim não teremos um representante da África nas próximas etapas do Mundial.
Lamento.
(…)
Vinte e cinco minutos de jogo. A Inglaterra faz uma pressãozinha. Chega mais ao ataque, mas nada que incomode os belgas.
Reparo que os boleiros contentam-se em trocar passes curtos, pros lados. Deixam o tempo passar.
Vou lhes dizer que o Luiz Roberto é o mais entusiasmado…
(…)
Fim de jogo.
O ‘belgicanos’ comemoram.
E o Luiz Roberto dá uma força:
“Fim de uma escrita de 82 anos… Durante todo esse período a Bélgica não venceu a Inglaterra!”
Os ingleses também comemoram.
Com o segundo lugar da chave, o emparelhamento dos próximos cotejos lhes será bem mais tranquilo.
Se lá chegar, só na final medirão forças com uma dessas potências: Uruguai, Portugal, França, Argentina e Brasil.
Esses ingleses… Frios e calculistas!
O que você acha?