Mas, tinha lá suas dúvidas.
Um amigo italiano do Velho Aldo (que ainda era jovem naquele tempo) defendia que o bom mesmo era o Valentino Mazzola, do Torino (Itália) que conquistara duas vezes o scudetto pelo clube da Lombardia e, de resto, inspirou o apelido do goleador palmeirense. Por ser loirinho e bom de bola.
Tio Toninho não concordava. Zizinho era o melhor de todos. Não era convicto na opinião, pois havia dias em que se referia a Leônidas da Silva, o Diamante Negro, como o maioral.
O tio era são-paulino, óbvio.
Seo Simeão, corintiano de poucas palavras, pai dos meus amigos Claudinho e Toninho, não queria entrar em discussão. Para ele, Luizinho, Claudio Cristóvão Pinho e Baltazar (o Cabecinha de Ouro) eram imbatíveis. Se bem que o Rafael Chiarelli era um craque refinado.
O vô Carlito, ciente das suas origens – nasceu em Cascatinha, no Rio de Janeiro -, falava de um certo Dida, do Flamengo , mas fazia questão de ressaltar outros candidatos a melhor de todos. Eram craques do passado como Arthur Friedenreich, Araken Patuska, Heleno de Freitas, entre outros tantos e tamanhos.
…
A escolha era difícil e variava de acordo com a simpatia e a torcida de cada um. Até que na Copa do Mundo de 1958 apareceu aquele garoto franzino de 17 anos e o Brasil conquistou seu primeiro título mundial.
A partir de então, fez a luz.
Ou melhor, fez-se a unanimidade.
Pelé era (e é) o Rei do Futebol.
…
Na boa, sem querer fazer a apologia dos tempos idos e vividos, não há termo de comparação entre Pelé e os que vieram depois.
Todos sabemos dos seus feitos – e, aliás, as reportagens desta semana, no dia de seu aniversário, rememoram seus 80 anos de vida comprovam bem a inatingível dimensão de “O Atleta do Século”.
De todos os séculos!!!
…
…
* Texto escrito originalmente em 23/10/2015. Fiz uma breve atualização. Minha homenagem ao Rei do Futebol. Parabéns, Edson Arantes do Nascimento. Pelé, primeiro e único.
O que você acha?