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A mulher invisível

O Xico Sá e o doutor Sócrates que me perdoem!

Hoje não assistirei ao Cartão Verde, o mais divertido programa de esportes da TV brasileira.

É que a Globo estreia hoje uma nova série.

Inspirada no longa do diretor Cláudio Torres, de 2009, “A Mulher Invisível” tem elenco estelar: Selton Mello, Débora Falabella e Luana Piovani, a própria e irresistível “mulher invisível”.

(Até rimar rimou…)

Não vi o filme que dizem levou mais de 2,5 milhões de pessoas ao cinema.

Mas, pelo o que se deduz pelas chamadas na TV, a história parece ser divertida.

A personagem de Luana só existe na imaginação do protagonista, interpretado por Selton Mello. Aparece em horas incertas e não sabidas, trazendo o doce deleite e alguns embaraços à vida do pobre rapaz.

As travessuras do insólito casal serão contadas em cinco episódios.

Está mais do que provado que a televisão faz a cabeça da gente.

Um mulherão daquele, que só o marmanjo pode ver e, digamos, desfrutar sem o kit completo que vem com qualquer relacionamento (e que inclui familiares de todos os naipes, festinhas de criança, almoço de domingo na casa da sogra, compras no supermercado e congêneres), é mesmo um privilégio.

Por isso não estranharei nada se logo logo aparecer algum espertalhão dando cursos e seminários sobre “como encontrar a mulher invisível dos seus sonhos em três sessões”, com direito a livro e DVD explicativos.

Não sei, não.

Pelo que conheço dos brasileiros, é bem provável que a procura para se inscrever no tal curso teria bem mais curiosos do que ontem havia, às portas do Itaquerão, quando se iniciaram as obras do futuro estádio do Corinthians.

(Pessoal do Cartão Verde, a gente se vê em julho.)

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