Lembrei ontem um antigo post que fiz sobre o início dos anos 60 em que ressaltei minha admiração pela música urbana, suburbana, rural e universal de Jorge Duílio Lima de Menezes, vulgo Benjor.
Saudei o relançamento, por esses dias, de Samba Esquema Novo, o primeiro elepê do Babulina e o quanto nós, meninos remediados do bairro operário do Cambuci, nos identificávamos com aqueles versos intimistas e coloquiais e com a batida diferentaça do violão, que não era samba, não era bossa nova, não era
rock – e era, sim, de tudo um pouco.
Um amigo chamou minha atenção que, por essa época, mais exatamente em 1962, o fenômeno dos Beatles e dos Rolling Stones causou o maior rebuliço nos jovens do mundo todo. Daí ter lhe causado certo estranhamento a referência que fiz ao cantor/compositor carioca como um divisor de águas para a minha turma.
Para ele, os garotos ingleses mudaram a cara do mundo. E, principalmente, dos jovens de então que hoje vagueiam pela casa dos 60 aos 70 anos de idade.
Achei ótima a observação.
Permite-me saudar outra dívida do blog.
Falar sobre os 50 anos da aparição dos Beatles e dos Rolling Stones, os tais reis do iê-iê-iê.
Não tenho dúvidas de que foram os responsáveis pela trilha sonora de toda uma geração, além de influenciar decisivamente outras tantas.
Longe de estabelecer qualquer tratado sociológico, ouso lhes dizer que foi a primeira vez que os jovens puderam se assumir como jovens, e se mostraram – para espanto dos velhinhos de então – que estavam a fim de mudar o mundo.
Já lhes contei, em post anterior, que a grande contribuição que deram para a minha vida foi que, especialmente os rapazes de Liverpool, consagraram o uso da franjinha como penteado. Estabelecendo o fim da ditadura do topete à la Elvis.
Para mim, foi ótimo. Por mais que tentasse empinar os cabelos, com brilhantina, gumex e congêneres, eram vãs minhas tentativas.
Bastava uma simples brisa para por jogar abaixo meus esforços estéticos. E lá estava eu com o cabelo sobre os olhos – nos bons tempos em que eu tinha cabelo.
Ô saudades…
Musicalmente, os Beatles e os Rooling Stones são inesquecíveis.
Nunca houve nada igual.
Particularmente, prefiro os Beatles. Gosto de todas as suas canções, embora a minha preferida seja “The Long Winding Road”, aquela que compara a vida a um longo e sinuoso caminho.
Salve!