Deixei o celular e os sonhos em casa.
Para ser bem franco mesmo,
os larguei no meio das tralhas esquecidas
no quartinho da bagunça, das coisas inservíveis.
Tão cedo não pretendo recuperá-los.
Que fiquem por lá.
Que esperem por mim como esperei por eles…
Pois é.
"A vida às vezes precisa de uma pausa" –
escreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade
II.
Vigê! Esquece!
Não tem nada a ver com a vitória do Lula,
mais do que esperada, aliás.
Sou eu e eu – ponto.
A bem da verdade, fui votar ontem
como milhões e milhões de brasileiros.
Fosse qual fosse o vencedor, sei bem, não haverá
mudanças. Ou melhor, não há esperanças
de grandes mudanças por aqui,
creio, nos próximos 100 anos…
III.
A vitória foi chocha…
A repercussão foi chocha…
O TRE comemorou a rapidez e
eficácia dos seus computadores…
Lula se disse otimista…
Alckmim, apaixonado…
(Fez juras de amor para Dona Lu publicamente e,
diria, foi o momento mais sincero de toda a campanha)
"Nada a temer senão o correr da luta…
Nada a fazer senão esquecer os medos…"
V.
Enfim, como diria filosoficamente o Coelho Pernalonga:
— Por enquanto é só…
Mas, continua no próximo episódio.