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Considerações sobre o mundo da bola

Quando dano a falar de futebol, difícil parar.

Meus amáveis cinco ou seis leitores já se deram conta disso. Nem sei se continuo a me acompanhar nesses trepidantes dias de sucessão de cargos na CBF, de fim de campeonato brasileiro, de rebaixamento do meu Palmeiras e às vésperas do Mundial de Clubes que aquele outro time vai disputar.

Espero que os internautas me entendam, não me queiram mal e não abandonem nosso modesto encontro diário pelo meu samba de uma nota só.

Soube por esses dias, de fonte fidedigna, que Felipão está apalavrado com a CBF –ops… quer dizer, soube que os blogs perderam 60 por cento de seus acessos. Ou seja, se vacilo, terei quer escrever para dois ou três leitores…

A moda é o facebook e o twitter onde não estou e nem penso em estar por pura incompatibilidade de gênio, de jeito e de registro na carteira de identidade.

II.

Sou das antigas, vocês bem sabem.

E, por ser de outros tempos, é que sou um apaixonado por futebol desde que me entendo por gente.

Garotos suburbanos, como eu, naqueles idos e bons tempos, só tinham o futebol como diversão. Empinar pipa, andar de carrinho de rolimã, jogar bolinha de gude eram passatempos legais para esperar que chegasse a redonda para os rachões diários de todos os dias, fosse na calçada da Muniz de Souza, fosse no campinho da rua Apiaí, fosse no barrancão do Jardim da Aclimação, onde até hoje existem, firmes e fortes, as duas árvores que representavam um dos gols.

Nos finais de semana, percorríamos em caravana a várzea do Glicério, os sete campos da rua Independência,as arquibancadas do Distrital da Aclimação para conferir as emoções que protagonizavam ‘esquadrões’ como Santos do Cambuci, o República, o Mocidade, o Huracan, o Vila Deodoro, o Estrela dos Boêmios, entre outros tantos e tamanhos.

Duas vezes por semana, íamos aos estádios paulistanos – Pacaembu, Parque Antártica, Rua Javari, o Canindé – para ver os pegas entre os profissionais.
Garotos até 12 anos não pagavam entrada e era estar a um passo do paraíso ver o Santos de Pelé e Coutinho, o Palmeiras de Ademir da Guia, a Portuguesa de Ivair, o São Paulo de Roberto Dias, o Corinthians de Rafael Chiareli e Bataglia, o Juventus de Zeola e Buzone, a Ferroviária de Bazzani e por aí vai.

III.

Pois é, meus caros, que insistem em ainda me acompanhar…

Descobri por esses dias que nada sei de futebol.

Amanhã, explico o porquê.

(Hoje escrevi demais)

Se quiserem me dar a honra… Aguardo vocês.

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