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DEEEEEEEZZZ

Quadra lotada.

Bateria posicionada.

Mestre-sala e porta-bandeira reverenciados.

Baianas em passo marcado.

Passistas a postos, só no ‘sapatinho’.

Os ‘harmonias’ atentos, organizam tudo.

O samba no pé das belíssimas multas.

A Rainha da Bateria desfila.

E a Diretoria só observa…

(As celebridades presentes na quadra admiram, e são admiradas.)

Tudo nos conformes:

os puxadores-do-samba dão o tom:

“Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter força sempre…
Eh, eh, larê, larê, eh
Larê, larê,eh,
Larê, larê, eh, eh…”

Som estridente de apito.

Explode a bateria.

A vedação acústica nãos segura.

O som viaja…

A multidão do lado se agita, se inquieta.

Enlouquece.

É a Vai-Vai.

Ou mais precisamente…

Apenas um ensaio da Vai-Vai.

Estamos no Bixiga.

E a Vai-Vai só poderia existir no Bixiga.

Bixiga da boemia das antigas, do samba, dos espetáculos.

Dos artistas, dos festeiros.

Do povão.

“Quem nunca viu o samba amanhecer,
Vai no Bixiga pra ver,
Vai no Bixiga pra ver…”

*Texto inspirado (quase todo copiado) da apresentação do livrorreportagem “Vai-Vai. 15 Vezes Saracura”, de autoria de Fabíola Melo, Francisco Lacerda, Letícia Campos, Mariana Vasques, Sthéphanie Thomazini e Vinicius Castellis. Trata-se de um projeto de conclusão do curso de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo que foi apresentado hoje à banca avaliadora e obteve nota máxima: “DEEEEEEEZZZZ”, como diria o locutor oficial da apuração do carnaval paulistano. O prefácio foi do Périclão, e eu fiquei muito honrado em ser o orientador desses jovens e promissores jornalistas.

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