Foto: Jô Rabelo
…
Decidiram viver uma bela história.
Passaram poucas e boas. Mas, enfim, se encontraram.
Tomaram o cuidado de não definir que história seria aquela que iriam viver.
Viveriam – e ponto e basta.
Bem-aventuradas as paixões que não se explicam.
…
Quando se deram conta já andavam em meio ao enredo. Que misturava amor e fantasia, sonhos e…
Bem, deixa pra lá.
Brincariam um tantinho do tal “tudo de bom” que se alardeia pela aí.
Seria “show de bola”!
…
A bem da verdade – que nem era tão verdade assim –, ansiavam apenas viver uma bela e inesquecível história.
Eram diferentes, inadequados um ao outro. Aos olhos dos outros, e deles mesmos.
Por que não?
…
Intuíam que este era o segredo da bela história que queriam viver.
Mistérios em luz e sombras.
Em silêncios e sons, como na canção que ouviram no rádio do carro.
Estavam decididos.
Viveriam uma bela história.
…
Só lhes faltaram coragem e um naco de talento para vivenciar o roteiro perfeito da propalada história.
Estavam quase a dar o primeiro passo quando ela pensou duas vezes – e ficou se achando “a última bolacha do pacote”.
Tempo suficiente para que ele desconfiasse, “tamanha encrenca”:
– Muita areia pro meu caminhãozinho.
E assim foi que o tal “bonde da história” passou. Vazio e triste.
…
…
* Atualização do texto originalmente escrito e postado em 10/09/2009
O que você acha?