— A seleção representa a Pátria.
(O pai bem que tentou explicar ao garoto de 7 anos.)
Não ajudou muito.
Explico.
Ainda domingo passado, o Santos do Cambuci jogou contra um time chamado Pátria. Foi uma partida difícil, mas o Santos ganhou e o garoto não viu nenhum dos alardeados grandes jogadores em campo.
— Não, não. A seleção é formada pelos melhores jogadores de cada clube e representa o nosso país, o Brasil, num torneio que se disputa de quatro em quatro anos e se chama Copa do Mundo. Participam 16 países e quem ganha fica com o título de melhor do mundo, entendeu?
O garoto balançou a cabeça para mostrar para o pai que não era tão bocó assim. Diz que tem lá suas vantagens torcer por uma equipe com um ataque formado por Cláudio, Luizinho, Mazzola, Ênio Andrade e Canhoteiro.
O pai sorri.
— Melhor ainda. Pois a seleção reúne jogadores do Rio de Janeiro também. Didi, Joel, Vavá, Dida e um tal de Garrincha.
— Dá para fazer um bom time, né, pai?
— O melhor, filho, o melhor…
*Trecho adaptado da crônica ‘A Taça do Mundo é Nossa’, que publiquei neste Blog há exatos 10 anos. Era minha reverência à melhor seleção brasileira de todos os tempos. A primeira a ser campeã mundial, na Suécia, em 29 de junho de 1958.
Portanto, há 60 anos.
Leia a ÍNTEGRA do texto que também faz parte do livro ‘O Natal, o Menino e o Sonho’, lançado em 2017.
O que você acha?