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O beijo, o cascatol e o aperto de mão

Hoje é o Dia do Beijo.

Mas, prefiro falar de outro gesto de aproximação.

Pode ser um baita cascatol.

Que, no fundo, no fundo, nada mude.

(Mas, há de mudar!)

Vou lhes dizer: o mundo precisa de um gesto assim.

Como?

De que falo eu?

Se faltei à aula da professora Cremilda Medina que ensinou à turma de jornalistas técnicas da linguagem jornalística e a importância do lead?

Ops…

Esclareço, então:

Falo do aperto de mão entre Barack Obama e Raul Castro.

Singelo, formal e – tomara! – definitivo.

O acerto entre Cuba e os Estados Unidos – e, por extensão, com o mundo todo – se faz mais do que necessário.

Tenho grande admiração pela Ilha, pelo seu povo, pela história de resistência que sua gente escreveu e ainda escrevem.

Não vou falar da música, do suingue e da simpatia das pessoas nas ruas de Havana. Aí, é covardia! Dão de 10 em qualquer um. Inclusive, em nós brasileiros (que, por vezes, forçamos a barra em ser cinicamente cordiais).

O povo cubano não merece as vicissitudes de estar à margem desses novos tempos.

Essa gente – acreditem – está além das ideologias, dos regimes, dos interesses de matizes as mais diversas.

Tenho certeza que, quando os portos se abrirem, ganharemos todos.

Estive na Ilha por uns dias há coisa de quatro ou cinco anos.

(Escrevi seis posts sobre: entre 16 e 21 de outubro de 2010.)

Penso sempre em voltar e – quem sabe – reencontrar o jovem Rodobel que trabalha como agente de turismo e, ao se despedir, me disse a frase que não esqueço:

“Leve de Cuba a certeza de que somos um povo feliz – apesar do que dizem. Não vivemos para o trabalho.Trabalhamos, sim. Mas, para viver e nos divertir”.

E aproveitando a data solene, um beijo respeitoso para a profa. Cremilda (faltei em algumas aulas, sim, mas não em todas) e outros tantos para a moça que toca bongô todo fim de tarde no saguão do Hotel Nacional.