Aproveito o domingão para fazer o registro do lançamento do livro “Reestruturação Produtiva, Saúde e Degradação do Trabalho”, de autoria da professora Luci Praun, que aconteceu dias atrás na Universidade Metodista de São Paulo.
A publicação é resultado da tese de doutorado que Luci defendeu na Unicamp e que se fundamenta “em densa pesquisa sobre o universo produtivo de uma grande transnacional do automóvel, em São José dos Campos”, nas palavras do orientador, professor Ricardo Antunes que também assina a ‘orelha’ do livro.
“A autora se propõe mostrar como o cotidiano (desses operários) é pautado pela vigência da superexploração do trabalho, na qual os ritmos são contabilizados por minutos e mesmo por segundos. Tudo isso traz como corolário a explosão dos acidentes de trabalho, das lesões por esforço repetitivo, dos sofrimentos, daquilo que Gramsci denominou de nexo psicofísico. Ou seja, aquele labor que destrói o corpo produtivo tanto em sua objetividade corpórea como em sua subjetividade que luta pela autenticidade”.
Vou tentar resumir, no popular:
Essa superexploração do patronato, com jornadas de trabalho intensa e prolongada, provoca uma série de doenças físicas, além de ampliar uma série de manifestações de sofrimentos físicos, assédios de todos os tipos e pode até mesmo incentivar o suicídio.
O quadro de horrores se acentuou a partir de 2008, com a eclosão da crise econômica em todo o mundo, mas afeta principalmente os trabalhadores dos países pobres e/ou em desenvolvimento.
Por isso, o relato/denúncia de Luci, que é socióloga e minha amiga, se faz relevante e oportuno neste momento de desgoverno que o País atravessa. A precarização do trabalho é uma das pautas das TEMERidades que nos assola.
Ou vocês acham que o pato da Fiesp fez ponto na Avenida Paulista porque quer um Brasil melhor?
*A propósito, então… Fumaça branca. Habemus Ministério da Cultura, mas ainda não temos um presidente… O homem é uma marionete nas mãos de tantos interesses.