Chego pra lá de empolgado na roda de amigos. Quero saber o que a rapaziada tem a dizer do novo patrocínio que o meu Verdão vai exibir, a partir de domingo,
Marceleza, Rita e o vacilão…
— Você, hein, meu querido! Que boca bendita, rapaz…
Depois de certa idade, a gente até estranha quando alguém não lhe chama de senhor. Pela proximidade, porém, logo percebo que toda aquela gritaria é comigo embora há alguns bons anos não seja mais um rapaz por força de outro obstinado senhor chamado Tempo.
Herivelto
No país que exporta Michel Teló pode parecer uma heresia lembrar que hoje – 30 de janeiro – completa-se o centenário de nascimento do cantor/compositor Herivelto Martins.
Antes de continuar reverenciando vida e obra de Herivelto,
Gênova
Voltei encantado de minha primeira visita a Gênova.
É uma daquelas cidades que nos deixa tão à vontade que, por vezes, imaginamos estar em nosso próprio pedaço de chão.
Sobre sacolinhas, chinelos e lembranças…
Já lhes disse aqui da minha estranheza com a levada asséptica das redações de hoje.
Escrevi até um livro – Meus Caros Amigos. Crônicas sobre jornalistas, boêmios e paixões – sobre o lado B dos jornalistas de antanho.
Diante do quiosque…
— Ei, moço, não é tão difícil assim ser feliz.
O tom de voz era quase infantil.
Mas a moça que estava ali à sua frente, e lhe chamava atenção,
Pra não dizer que não falei…
Fico distante do computador quando estou de férias.
Reduzo o uso do celular – e tento viver à moda antiga.
São dias de estio, e preguiça. Sem pressa,
O alerta
O grito rompia o silêncio da madrugada:
– Acudam! Que lá vem água…
Homens e mulheres conheciam o alerta.
Saltavam da cama, resignados, e se punham a postos para enfrentar a iminente inundação.
Recomeçar
Onda su onda.
Il mare me ha portato qui…
(Genova, janeiro 2012)
Agradeço ao poeta anônimo a deixa para tocar o post de abertura da sétima temporada deste modesto blog (desde 2008 também no Uol).
Tio Neno e o presépio
Uma de minhas mais antigas – e doces – lembranças é o presépio que o meu Tio Neno armava na casa de meus avós maternos.
O lago era um ajuntamento de pequenos espelhos desses que as senhoras da época carregavam na bolsa para acertar a maquiagem.