Tantas coisas…
Querem mesmo saber?
I.
… as balas perdidas.
II.
… as vidas que se perdem.
III.
…o tempo que se vai
na vã espera ,
Jornalista
Jornalista
Tantas coisas…
Querem mesmo saber?
I.
… as balas perdidas.
II.
… as vidas que se perdem.
III.
…o tempo que se vai
na vã espera ,
Faz alguns anos. Não foram tantos. Mas, não sei precisar quantos. 1999 ou 2000, sei lá. Sei que o ano mal começara. Voltei entregue daqueles dias de estio entre o Natal e o reveillon.
"Prepare o seu coração prás coisas que eu vou contar. Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão. Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar. Aprendi a dizer não,
Hoje tive um compromisso, aqui pertinho, no Ipiranga.
Ir ao Ipiranga sem dar uma passadinha – por instantes que seja – na igreja da Imaculada Conceição, na avenida Nazaré,
Aquele boteco onde o Sacomã torce o rabo, no cruzamento da rua Bom Pastor com a rua Greenfeld, em frente a agência dos Correios, era nosso ponto de encontro.
Acontecesse o que acontecesse.
"Trabalhar pelo que se ama,
amar aquilo em que se trabalha." (Tolstói)
I.
O homem caminhava pela praia — aliás, como houvera feito em todas aquelas tardes de hipotético descanso.
Fui uma única vez a Frankfurt. Um vôo estranho que parecia nunca ter fim. As condições do tempo não eram das melhores. Saímos de Milão e demoramos uma eternidade para chegar.
Estou mais tranqüilo. Ando em boa companhia.
Em sua coluna desta semana em O Estado de S. Paulo, o escritor Luiz Fernando Veríssimo reconheceu-se como parte da minoria que nunca leu Hary Porter.
Falavam coisas do rapaz do 1819. Diziam que tinha um pacto com as tais forças ocultas. Que ouvia vozes. Via pontos luminosos. Tinha presságios. E só dizia a verdade, “doa a quem doer”.
Eram todas as canções.
Ele sempre lhe dizia isso, com o verbo no presente.
“Somos todas as canções”.
Ela gostava de ouvi-lo. Mas, fingia indiferença e que não entendia bem o que estava a lhe oferecer.