Ontem à noite, enquanto 77 milhões de brasileiros votavam no paredão do BBB 10, eu participava de uma mesa redonda com a temática solene Comunicação – Novas Mídias. Para Onde Vamos?
Explico.
Não estava só.
A bem da verdade, era o mediador da palestra que reuniu três ilustres profissionais da área de Comunicação. Que, vale dizer, fizeram belíssimas apresentações sobre o assunto proposto pela organização do evento.
Desde logo, confesso, fiquei impressionado com o questionamento do enunciado:
Para onde vamos?
De uma forma ou de outra, esta é uma indagação que sempre fez parte da vida do velho repórter que fui – e sempre serei.
Traz uma inerente pegada filosófica tão em voga nos idos dos 70 quando era eu o estudante de Comunicação Social/Jornalismo e, muito provavelmente, os pais dos garotos que, naquele momento, formavam nossa dileta platéia sequer se conheciam.
Lá no mais antigo dos anos, o “para-onde-vamos” tinha uma proposta existencial.
Éramos nós, os jovens de então, que buscávamos o caminho das mudanças, das transformações; utópicas quase todas elas.
Ontem a pergunta refletia outro olhar.
O oblíquo olhar dos tempos modernos.
A saber:
Para onde nos levarão as novas mídias e a comunicação?
Para ser sincero com meus amáveis cinco ou seis leitores, nunca soube responder a nenhum dos dois questionamentos.
No entanto, à medida que os meus pares se pronunciavam, aumentou minha convicção de que nunca mais seremos os mesmos. Mudamos ou fomos mudados – o que dá no mesmo.
Ao final do encontro, quando soube dos números da votação – suficientes para eleger um presidente ou até mais – tive a sincera impressão que, por mais que tenhamos caminhado, há um longo caminho pela frente, com o sério risco de se chegar a lugar nenhum. Com a incisiva ajuda dos tais processo comunicacionais e das novas mídias.
*** FOTO NO BLOG: Caio Kenji