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Senna e os leitores

O grande Senna completaria hoje 52 anos.

Não lembro o Brasil ter vivido comoção maior do que a causada por sua morte naquele fatídico domingo, 1º de maio de 1994.

Na redação do jornal em que trabalhava, chegaram centenas de cartas, lamentando a tragédia e enaltecendo a grandeza do mito.

Criamos uma página especial para abrigarmos a voz – e a dor – dos leitores na edição semanal.

A partir de um trecho de uma das cartas, retiramos a frase que se transformou na manchete da edição.

Em letras garrafais, em meio a duas fotos rasgadas de Senna, a primeira página estampava os seguintes dizeres:

NÓS QUE TE AMÁVAMOS TANTO

Foi nossa modesta homenagem ao piloto.

Não exagero se disser que estávamos tão aturdidos – e sinceramente emocionados – quanto os nossos leitores.

Caros, posso lhes dizer – tantos anos depois – que foi uma das raras vezes que, ao lado dos meus pares, perdemos a tal equidistância do fato, tida e havida como essencial para a prática do jornalismo.

Mas, o que é jornalismo senão dar vez e voz aos legítimos anseios populares?