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300

Não esperem a presença do ator Rodrigo Santoro.

Eu imagino que um desavisado leitor – ou mais apropriadamente uma entusiasmada leitora – poderia imaginar que o título acima tem a ver com o filme homônimo que não assisti e fez um baita sucesso nas telonas no início deste ano.

Ah! Por conseqüência, que fique claro, também não haverá qualquer efeito especial. Tentarei evitar o tom épico (embora vá falar de uma conquista) e também as implicações fantásticas do filme supra citado em que o ator brasileiro fez uma destacada participação, foi o que me disseram.

A bem da verdade, achei o título sugestivo – e ponto.

II.

Trago agora à avaliação de vocês se o que tenho a dizer é tão extraordinário assim.

O que tenho a lhes dizer?

Ora é exatamente o que diz o título.

Simples e direto.

Este emaranhado de letrinhas é o 300º post que escrevo neste quase ano de blog.

III.

Não sei se, para vocês, é motivo de comemoração ou desalento, tipo:

— Esse cara não desiste mesmo…

Para mim, é festa.

É, compadre, vai ser difícil mesmo desistir.

Peguei gosto pela coisa de batucar o teclado diariamente e ficar assim, como o náufrago que sempre fui, a lançar, nesta estranha webgarrafa, minhas mensagens mar afora. É como se estivesse em uma ilha deserta de amores, mas não de cores e de sonhos.

Navegar é preciso, viver…

IV.

Abro mão de fazer um balanço ou mesmo de repassar alguns momentos da jornada.

Talvez até coubesse – ou pegasse bem.

Sinceramente, meu tempo é hoje e gosto da idéia prover o amanhã a partir deste espaço, onde fiz tantos e tão bons amigos.

Nada, nada recebemos mais de 20 mil visitas até hoje.

V.

Já sei.

Alguém há de lembrar que, para grandes provedores, essa audiência é café pequeno.

Mas, convenhamos, caro leitor.

Aqui em nosso modesto cantinho: temos um saldo positivo.

No mínimo, ficamos mais próximos ou dividimos a solidão a dois, a três…

A todos que aqui se achegaram.

VI.

"Tá zoando, Rodolfão?", como diz meu sobrinho Renatinho, de 7 anos

Não estou. Também não quero ser injusto.

Por isso, agradeço aos personagens com os quais aprendi a conviver – eu diria – deliciosamente: o Nasci e a turma do boteco onde o Sacoman torce o rabo, o Homem de Lata, a Menina de Cabelos Vermelhos, o fantasma das 3h10 que toda madrugada me acorda, o Agepê, a Barbarella, o Highllander e o famoso casal Dagmar e Dinoel, que num dado momento se apoderou do blog, lembram?

Foram tantos e tão divertidos.

VII.

Houve momentos de grande identificação entre personagens, autor e leitores.

“Essa história é minha” – postou a internauta e eu não discuti.

Devia ser mesmo.

Aliás, é o maior reconhecimento para um autor quando os personagens eclodem dentro de cada um dos leitores – para o bem ou para o mal.

— Esse Dinoel é um boboca – me disse uma vez certa moça, cansada de ler as lamúrias do bancário que virou cantor por amor a Dagmar, que caiu no mundo.

— Essa Dagmar é despirocada mesmo – me esmeiou outra moça.

A princípio, a gente não busca isso. Mas, quando encontra, é legal pra caramba.

VIII.

Lembro de uma cena que vi em Brugges, na Bélgica. Entrei em uma taverna e vi a ‘caixa’ lendo um livro do Paulo Coelho, entretidíssima. ‘Onze Minutos’, se não me engano. Quase não nos atendeu de tão interessada na história do autor brasileiro.
Ficou feliz quando soube da minha nacionalidade. Queria detalhes da história e do autor. Fiquei a observá-la e a refletir sobre o poder mágico do texto e de alguém tão distante escrever e envolver outro alguém, do outro lado do mundo, a dividir sentimentos e emoções. Só com o enfileirar de letrinhas…

Não é fácil.

Olha que o blog também fez sua cota internacional de leitores. De oito a dez por cento, todo mês. Vez ou outra, como sábado agora, recebemos retornos pra além mar

A amiga Leila mandou um post da França…

Quem diria…

IX.

Enfim…

De alguma forma revivo em meus cinco ou seis leitores e a vocês sou e serei eternamente grato. Quem postou, quem não postou, quem mandou recado por email, quem telefonou, quem só bisbilhotou, quem veio e ficou, quem nunca voltou…

A todos, um grande abraço.

X.

Vocês deram vida e alma a cada uma das histórias.

Hoje, o blog é a história de todos nós.

Uma vez aqui escritas é em vocês que sobrevivem e se renovam…

Saúde e paz.

O resto a gente corre atrás.

Mas, por favor, não saiam daqui.