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O sol nascerá

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Leio o texto de Álvaro Costa e Silva no Uol – e bate uma saudade danada do amigo Ismael Fernandes, colunista de TV na velha redação de piso assoalhado, noveleiro mor e autor dos compêndios Memória Da Telenovela Brasileira que ainda hoje, vinte e tanto anos depois da última publicação, ainda é referência obrigatória na bibliografia dos cursos de graduação em Rádio/TV e Comunicação Social.

O saudoso Ismael dizia que sua obra era maior do que ele. Com razão.

As novelas eram (ainda são?) “um fenômeno social da nossa gente” e mereciam (merecem?) um estudo mais aprofundado por parte de pesquisadores e especialistas em Humanidades.

– Não entendo a indiferença que se dá ao tema nas universidades e nas rodas de intelectuais.

Fazia lá suas profecias o amigo IF.

Um boa praça, parceiro de tantas aventuras jornalísticas.

Voltemos à coluna do Álvaro.

Ele saúda a novela Bom Sucesso, de Rosane Svartman e Paulo Halm, como “uma atração estranha e extemporânea em sua delicadeza”.

Faz também referência à bela trilha sonora (oportuna para os nublados dias que vivemos), O Sol Nascerá, dos abençoados Cartola e Helton Medeiros.

Sempre imaginei que o lindo samba fosse do Zé Keti.

Vacilo meu, não?

Enfim…

Convido o amigo leitor a dar uma espiada na coluna do Álvaro.

Leia AQUI!

Da minha parte, prometo conferir como andam os personagens de Fagundes e Grazi na trama de hoje. Ele interpreta um livreiro à moda antiga que está com grave doença. Ela, uma esforçada costureira que ama literatura e se imagina a protagonista das histórias que lê.

Parece bem interessante.

Há um filme, com Jean Paul Belmondo, que recorre à mesma estratégia de narrativa. O Magnífico.

Belmondo é um escritor de romances policiais que, enquanto escreve, se vê como imbatível herói de todo o roteiro. A lindíssima Jacqueline Bisset, sua pacata vizinha no andar do prédio onde mora, óbvio, ele a transforma na inspiração e razão de tantos e tamanhos embates.

Eita.

Desconfio que estou jogando palavras ao vento, com minha saudade e meus devaneios.

Do filme, desconfio, poucos lembram. É de 1973.

Quanto à novela, é provável que o leitor saiba mais do que eu.

Aliás, dia desses, desinformado que só, eu postei a mesma música na voz macia de Tereza Cristina.

Mas, a repetição hoje, creio, será bem-vinda.

  • No embalo, aproveito para manifestar minha solidariedade aos que ontem saíram às ruas e praças Brasil afora na legítima luta pela causa da Educação e outros direitos cidadãos… Mesmo em meio à turbulência da tempestade, vale a luta e vale acreditar que “o sol nascerá”.

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