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A Taça do Mundo é nossa…

Juro que não é tão simples entender.

Para um garoto de sete anos, que está no primeiro ano do Grupo Escolar Oscar Thompson, é preciso dar o devido desconto. Gosto muito do pai, mas às vezes ele me confunde.

Primeiro, ele me garantiu que na vida a gente pode mudar de religião, de partido político, de nacionalidade, de marca de carro, de gosto, de opinião; até de mulher, que é bom e saudável.

Essa parte a mãe não gostou – e até gritou da cozinha:

— Aldoooo!!!

O pai sorriu daquele jeito dele, deu uma piscadinha para mim e concluiu:

— A gente só não pode virar bandeira. Trocar de time de futebol, nunca.

O pai é palmeirense – palestrino, como gosta de dizer. E eu também. Para ele, o centro-avante Mazzola é o melhor jogador do mundo.

— Chuta tudo: tiro de meta, falta, pênalti… Bate escanteio e cabeceia.

Puxa vida, nem o Flash Gordon faz tudo isso ao mesmo tempo no seriado do cinema. Mas, se o pai falou…

Tá certo que o pai, às vezes, quase sempre, exagera.

Mas, pai é pai.

Por isso, mesmo que fiquei confuso.

Agora, ele deu de torcer por um time chamado “Seleção”.

E não é só ele, não.

Todo mundo que eu conheço torce para essa tal de seleção.

Será que vão acabar os palmeirenses, corintianos, são-paulinos, portugueses?

Que sem graça…

(* Amanhã continua…)