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Corpo 8, itálico…

Foto: Arquivo Pessoal

É do meu amigo e repórter-fotográfico Walter Silva a foto que ilustrou o reportagem com Ney Matogrosso que realizamos em 1979, nos tempos da velha redação de piso assoalhado e grandes janelões para rua Bom Pastor.

Ney Matogrosso em São Paulo. Da revista ao recital

Falei sobre a entrevista nesta semana – e não dei o devido crédito a quem fez a foto do artista.

Waltão, desculpe a nossa falha.

Foi o próprio Walter que simpaticamente me alertou sobre o imperdoável descuido.

Óbvio que usou a linguagem daqueles idos:

“Olha no ‘past-up’. No canto esquerdo. Corpo 8, itálico. Só não lembro se fomos de Fusca ou de Lada… Belos tempos. Grandes lembranças”.

Pois é, meus caros…

Precisei recorrer a uma potente lupa para ver o crédito do Waltão no canto da foto.

O amigo tem toda razão.

Aqueles foram tempos inesquecíveis.

E acredite se quiser amigo, leitor! Nossa combativa redação teve mesmo um reforçada frota de veículos composta de dois Ladas para atender o ir-e-vir da reportagem e serviços gerais da empresa.

Quem se lembra dos Ladas?

Eram aqueles carrinhos russo que importamos, sei lá quando, feinhos de tudo, todo quadradaço, que mais ficava na oficina do que andava…

Mesmo assim, nada nos impedia de seguir seguindo, é ou não é Waltão?

Desconfio, amigo, que nossos feitos mais heroicos foram mesmo as estafantes coberturas do Carnaval de São Paulo.

Indo e vindo na tal passarela do samba, no encalço da notícia e das escolas de samba que altaneiras desfilavam indiferentes às nossas pautas.

Eram jornadas épicas.

700 metros da concentração até a dispersão, Voltávamos. Outra escola, outros 700 metros e assim sucessivamente.

Faz as contas do quanto caminhávamos.

Detalhe:

Não havia transmissão da Globo e horários rígidos.

Todas as escolas do Grupo I desfilavam num único dia.

Começava por volta das 21 horas do sábado e terminavam na manhã de domingo sabe Deus quando…

Ficávamos nesses vaivém por mais de doze horas.

Eu, ás voltas com filigranas dos enredos imprevistos e entrevistados.

Você, à procura das melhores imagens.

Hoje me sinto cansado só de ver as chamadas das escolas de samba na TV.

Rapaz, que caos era aquele?

Mas, pergunta aí, se à época queríamos outra vida…

Queríamos?

Grande abraço, Waltão.

Continue me querendo bem que não custa nada.

Ainda nenhum comentário.

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