Sign up with your email address to be the first to know about new products, VIP offers, blog features & more.

Crônicas de Viagens – Bratislava

Posted on

Fotos: Arquivo Pessoal

17 – A estrela de Davi

Como fui parar na BRATISLAVA?

Não me pergunte. Diria que são coisas do destino – e dessas excursões que você contrata sem ler o que diz aquele roteiro de letrinhas miúdas que lhe entregam na agência de viagem.

A proposta era conhecer Praga, Budapeste e Viena em programação básica de 10 dias.

(Para quem tinha uma semana de recesso, em pleno mês de abril, até que estava bom demais.)

No bojo dessa rota, eis que na manhã daquela quarta-feira ensolarada – e, por lá, primaveril, aportamos nas pequenas e encantadoras ruas da capital da Eslováquia.

Vínhamos de Budapeste.

Em nosso grupo, recheados de brasileiros e argentinos em cordial convivência (expressamente proibido falar de futebol), alguns estavam a caminho de Varsóvia. Outros, como este modesto escriba, só queria mesmo saber o que é que Viena tem.

Ali, o grupo se dissolveria e esperaríamos por novos guias e novos parceiros de viagem.

Enfim, nada a fazer além do que perder-se pelo que chamam de Centro Velho, tomar o proverbial expresso em uma cafeteria de tempos idos, ouvir as histórias das lutas entre a França e o império austro-húngaro, ver uma gente de semblante resignado e algo surpreso por nos ver ali – e, de quebra, com o Danúbio a emoldurar todo aquele cenário.

Foi mesmo uma bela e agradável surpresa.

Não guardei nome de ruas, de praças, dos museus, da torre imensa que dá limite à área histórica (foto).

Não deu tempo.

Guardei apenas o silêncio e a reverência de todos quando visitamos a área onde antes existia o bairro judeu. No lugar então ocupado pela sinagoga hoje existe um viaduto, construído pelos comunistas após a Segunda Grande Guerra.

Em frente ao pontilhão, uma escultura de ferro retorcido e escuro, encimada por uma estrela de Davi a lembrar a tragédia do holocausto. Que nunca em minha vida se fez tão dolorida e tão presente. Tão remota e, creiam, tão ameaçadora.

* Publicado originalmente em 15/05/2010

2 Responses
  • Guilherme Martins
    21, agosto, 2020

    Olá Senhor Rodolfo, tudo bem?
    Tentei entrar em contato com o senhor por aqui, porém não tive sucesso, por isso estou tentando novamente. Sou neto do Sr Manolo, presidente do time de futebol amador chamado Milionários. Iniciei nesta pandemia uma busca por informações sobre o clube do meu avô, e cheguei no nome do Prof. Francisco Teodoro Mendes, colunista da Gazeta do Ipiranga. O Professor cobriu de 1965 a 2001 o clube de meu avô, e eu consegui recuperar bastante material da Gazeta do Ipiranga.
    Gostaria de saber se o senhor possui algum material sobre o Prof. Francisco Teodoro Mendes, qualquer coisa me ajudaria!
    Caso queira dar uma olhada na matéria que fiz sobre as colunas esportivas do Prof Francisco Teodoro Mendes, basta acessar o link: http://sportclubmilionarios.blogspot.com/p/jornais-da-epoca.html?m=1

    Grato!!

    • Rodolfo C. Martino
      22, agosto, 2020

      Guilherme, bom dia. Feliz em ler você aqui. Não tenho lá grandes informações além daquelas que você já possui – e retiradas muitas das colunas do saudoso amigo, prof. Francisco Teodoro Mendes. Tomo a liberdade de lhe indicar (sem prévia consulta) um amigo distante, o Dr. Milton Bigucci, para uma esclarecedora conversa sobre a o futebol varzeano do Ipiranga e região. Bigucci, ele mesmo da construtora, escreveu um livro sobre o tema (7 décadas de futebol) e tem uma larga vivência nos campos do esporte.

      Sem mais
      Abs
      rodolfo

O que você acha?

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *