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De certezas e amigos…

A Clarice me pediu para escrever "algo sobre a amizade". Eu lhe respondi que não tinha certeza se conseguiria. Por outra, me veio a sensação que a maior parte das bobagens que escrevo trata disso. Por via das dúvidas, anotei a sugestão.

II.

Fiquei matutando sobre a idéia. E nem sei por qual razão lembrei das duas únicas certezas do jornalista José Hamilton Ribeiro:

01. as azeitonas pretas são tingidas

02. a torneira de água quente geralmente é a da esquerda.

III.

A Jô, que é fotógrafa e nada sabia das minhas inquietações, chegou e se pôs discorrer sobre a inevitabilidade das coisas.

— O que não tem remédio remediado está.

Confesso que estava meio "viajandão" quando ela questionou:

— Não é assim?

Talvez, talvez, respondi.

Me deu vontade de lhe explicar das azeitonas e das torneiras, mas deixei para lá.

IV.

Mais tarde, o amigo Daniello me trouxe uma revista de presente. Tem um artigo sobre jornalismo e, generoso, ele lembrou que o tal poderia me ser útil.

Agradeci – e disse que sim

Afinal, como se dizia lá nos Estados Unidos do Cambuci, "o saber não ocupa lugar".

Eu e o Daniello, perdoem-nos a imodéstia, somos do famoso bairro paulistano.

V.

De uma potência mundial para outra, inevitável lembrar a amiga Leila Cunha, que mora em Nova York e nunca mais deu notícias.

Tomara que esteja bem!

É que tolamente imaginei que pudesse vê-la na noite de ontem quando a Globo passou o show Brazilian Day, a festa brasileira en NY. Foi logo depois do futebol da seleção que não encanta.

A seleção que vence, mas não encanta, enfastia. Era tarde e eu fui dormir, nem esperei o jogo terminar.

Também que certeza teria de vê-la ali?

VI.

Hoje pela manhã ouvi no rádio que 8 de setembro é dia do nascimento de Maria.

Êta, meus tempos de menino, aluno de colégio marista, também no Cambuci. Foi de lá que veio a devoção à Nossa Senhora.

— A Imaculada nunca vos faltará se a tiveres no coração. Na fé e em orações.

O Irmão Justino tinha um jeito que já considerávamos antigo de falar. Cerimonioso que só. Mas, tanto tempo depois, lá se vão quarenta e tantos anos, é outra das raras certezas que tenho. Um dia pretendo conhecer a gruta de Lourdes, na França.

VII.

De resto, e para concluir, agradecer aos amigos que me propiciaram esse post. Cabe ainda dizer que amizade é sentimento puro, que prescinde de porquês. Acontece como inesgotável fonte de felicidade.

Bom saudá-los a todos aqui enquanto alinhavo essas maltraçadas. Inclusive os bons e fiéis amigos que estão aí, do outro lado tela. Sempre sob as bênçãos de Maria.

Vida que segue.

Amém.