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Geneton Moraes Neto

“Sou dos que acreditam que jornalista pode ser, também, uma espécie de arqueólogo – que revira o passado em busca de novidades. A contradição é apenas aparente: o passado pode nos surpreender com novidades,sim. Por que não ?”

“Não se faz Jornalismo com tédio. Faz-se com devoção. Jornalista existe para levantar – não para derrubar – assuntos. Ponto.”

“Posso estar errado, mas acredito que fazer jornalismo é olhar o mundo, os fatos, os personagens e as histórias com os olhos de uma criança que estivesse vendo tudo pela primeira vez; somente assim, o Jornalismo será vívido, interessante, inquieto – não este monstro burocrático, chato e cinzento que nos assusta tanto; fazer Jornalismo é saber que existirá sempre uma maneira atraente de contar o que se viu e ouviu; fazer Jornalismo é ter a certeza de que não existe assunto esgotado.”

“Se um estreante perguntasse, eu diria: deixe o tédio em casa. Traga a vida das ruas para a redação. Porque, em noventa e oito por cento dos casos, o que a gente vê na vida real é mais colorido e mais arrebatador do que o que se publica nos jornais ou o que se vê na TV.”

“Diria também: não faça jornalismo para jornalista. Faça para o público!”

“Por fim: fazer jornalismo é desconfiar, sempre,sempre e sempre. A lição de um editor inglês vale para todos: toda vez que estiver ouvindo um personagem – seja ele um delegado de polícia, um praticante de ioga ou um astro da música – pergunte sempre a si mesmo, intimamente: por que será que estes bastardos estão mentindo para mim? Não existe pergunta melhor.”

*Trechos do post/crônica “Pausa para um refresco (ou pequena carta ao que gastam sola de sapato fazendo jornalismo)”, publicado em 11 de novembro de 2011, no blog Dossiê Geral, assinado pelo jornalista Geneton Mores Neto, no G1.

Geneton morreu ontem, aos 60 anos, no Rio de Janeiro – e o Jornalismo lamenta a perda de um de seus melhores repórteres.

Estamos todos de luto.

Outra perda irreparável para o jornalismo. Morreu hoje, em São Paulo, o jornalista e apresentador Goulart de Andrade, aos 83 anos. Goulart foi um dos pioneiros a aproveitar o horário da madrugada na TV como espaço para o telejornalismo. Foi o criador do bordão "Vem Comigo", além de lançar o então repórter esportivo Fausto Silva como apresentador de TV. (Atualizado às 10h32)