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La vie en rose, meus caros

Sei que o dia abrasador não é adequado para falar de Paris e suas noites charmosas.

Gostaram da minha erudição para dizer que está quente demais em Sampa?

35 graus…

Não se espantem, pois não vou falar da Cidade Luz.

Vou, sim, lhes trazer notícias de um amigo recém-chegado de Paris.

Bem…

Na verdade, ele não é tão meu amigo. É, sim, um colaborador bissexto deste blog. E também não vai falar da metrópole cortada pelo Rio Senna. Deixou aqui para que eu postasse um recado para uma amiga que ele, Nicola, deixou lá em Paris.

La vie en rose, meus caros.

O Nicola, creio eu, vocês conhecem.

É aquele motorista de táxi (chauffeur, como só admite ser chamado agora) e psicólogo especializado no atendimento às Mulheres Que Amam Demais que, de resto, diga-se, são as tais moçoilas objeto de estudo de sua tese de doutorado.

Ele já apareceu por aqui em diversas ocasiões. Os marmanjos veem o cara com ressalvas. As mulheres, não preciso dizer, mas digo: amam de paixão.

Da minha parte, só transcrevo a seguir o texto que o chegado me enviou e volto correndinho para a piscina do condomínio pra salvar o que resta da tarde.

Se quiser ler, fiquem à vontade:

Cherry,

(Ops, esqueci de apertar a tecla SAP… Agora, sim)

Chaplin disse certa vez sobre o tempo:

ENTRE OS ROTEIRISTAS, ELE É O MELHOR.
SEMPRE NOS DÁ UM GRANDE FINAL.

Um poeta que não lembro o nome, mas cujo verso não esqueci, escreveu sobre o mesmo tema:

O TEMPO NÃO PÁRA NO PORTO
NÃO APITA NA CURVA
NÃO ESPERA NINGUÉM.

Gil, que foi ministro, mas é música e poeta, quase em tom de oração clamou:

TEMPO REI…
TRANSFORMAI
AS VELHAS FORMAS DE VIVER.

Vivemos hoje, caríssima, um desses momentos limites em que o tempo se faz presente, embora brinque de ser passado, e nos acene com um futuro diferente daquele que construímos nesses dias, ao lado de caríssimos amigos.

Esse futuro pode parecer uma das tais armadilhas do tempo – e que, de algum modo, ele não nos quer tão felizes…

Bobagem…

É só transformação das velhas formas de viver, inevitável a cada manhã desde que o mundo é mundo.

Saberemos transpor esse momento?

Claro que sim.

O sentimento que cultivamos nesse tempo de convivência é como as águas do pacato ribeirão que desce a cordilheira. Já reparou como driblam as rochas, resistem às quedas e declives e transpõem quaisquer outros obstáculos que se interponham e ameacem cortar o caminho. Seguem adiante, coesas e mansas como se nada houvesse…

É mais ou menos isso que vai acontecer com a gente.

Por isso, acredite, vamos continuar juntos mesmo que haja um oceano entre nós.

Me aguarde.

Com amor, Nicola

* Não entendi bem a pegada do mestre. Já sei, já sei… Ele é o psicólogo. Cada um, cada um, entendo. Mas eu arriscaria um palpite: se não foi, ou é ou será…