Foto: Jota Peron/Divulgação
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Aproveito o frescor da noite para, na falta de um melhor programa, degustar um saboroso hambúrguer no shopping perto de casa.
Qual minha surpresa, a praça de alimentação está com movimento acima do habitual e vejo que, ali perto do palco – onde há esporádicos shows musicais -, os lugares estão tomados por uma tribo de, digamos, malucos-belezas de todos os gêneros e idades.
São do bem, percebo logo.
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Não tardo a descobrir o que fazem ali.
As luzes do palco se acendem e, logo nos primeiros acordes da canção, intuo que teremos um cover de Raul Seixas em cena.
Dito e feito!
Não demora e sobe ao palco um divertido Raulzito (J. Peron) para animar a noite da rapaziada, dos curiosos e desavisados que por ali perambulam – e a minha também.
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O raulseixismo sobrevive.
A moçada se põe a cantar e a dançar. Como se verdadeiramente estivesse em frente ao ídolo.
Qual o segredo da lenda Raul Seixas?
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Há quem ainda tente desvendar.
Soube que, neste fim de semana, chega às lojas uma nova biografia do artista.
Chama-se Raul Seixas – Não diga que a canção está perdida.
É de autoria do jornalista Jotabê Medeiros.
Traz uma polêmica sobre a prisão de Raul pelos brutamontes da ditadura da época.
Achei desnecessária e lamento as ilações que li em algumas reportagens sobre o livro.
Raul teria dedurado o parceiro Paulo Coelho.
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O próprio autor desestimulou o diz-que-diz.
Reiterou que as informações dos documentos pesquisados são insuficientes para qualquer conclusão.
Pegaram Raul, iriam buscar Paulo Coelho. Inevitável, assim que funcionava o horror dos torturadores.
Vou ler a obra – e volto ao assunto.
Até por que não perco a chance de falar, escrever e ouvir o grande e inesquecível Raulzito.
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Nota do Blog:
Arranjei a foto no site do J.Peron. As que eu fiz na noite, imaginem, ficaram péssimas.
O que você acha?