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Sobre o novo livro e velhas histórias…

Respondo ao sempre vereador Almir Guimarães, à amiga jornalista Leila Kiyomura, à nova leitora Vera Thomaz e à minha sobrinha Adriana (que nada perguntou, mas desconfio ficou curiosa)…

Por que resgatar essas crônicas que escrevi entre 1996 e 2003 numa coletânea, intitulada de Pela Janela do Mundo (Ou o mundo pela janela), e publicá-las em livro 20 e tantos anos depois?

Caros amigos,

A princípio, é uma referência que faço à chamada Era das Mídias, com protagonismo absoluto da TV na narrativa dos fatos que, para o bem ou para o mal, mudaram a história do homem nesse tal Planeta Terra.

A sensação que tenho é que observamos o desdobrar dos acontecimentos de olhos grudados na telinha, como se estivéssemos à janela da casa onde moramos. E a casa, muitas vezes, prestes a explodir.

Por outra, ao elencar essas crônicas, aproveito para fazer uma releitura de mim mesmo e tentar me entender, entender o que hoje penso e os porquês do que penso.

Outra razão é a tentativa – por enquanto vã – em detectar onde foi e como foi que nos perdemos de nós mesmos para despencar no despenhadeiro de incivilidades que ora nos atolamos.

Vejo o 11 de setembro como o primeiro extraordinário alerta para a humanidade.

Mas houve outros ‘pequenos grandes fatos’ – como o assassinato frio e incompreensível que PMs fizeram em uma madrugada à beira de uma comunidade em Diadema – que revelaram um naco da escalada de insanidades que aos poucos foi tomando conta de parte significativa da sociedade e hoje alimenta e dá dimensão assustadora à flor do fáscio.

Fáscio, de fascismo.

As imagens capturadas clandestinamente por um morador do local chegaram ao Jornal Nacional que as exibiu e o mundo reverberou em tom de absurdo.

Houve guerras inimagináveis até alguns anos antes, como a de Kosovo – e foi tema de outra crônica.

Mas, também foi possível – e ainda bem! – descrever momentos de manifestações tocantes e incríveis como a descoberta de uma santa que morou no Ipiranga, por exemplo. Madre Paulina, então, em fase de canonização.

A seleção brasileira se fez pentacampeã, jogando a Copa do outro lado do Planeta. E, graças a Rivaldo, Ronaldo e Cia, rolou uma baita festa.

Tem a dramática história da freirinha que forjou o próprio sequestro para, às escondidas, dar a luz a um filho que dias depois abandonou no banco de uma igreja.

Ah! e aquele outro março histórico: a morte de Frank Sinatra.

Para este humilde contador de causo, o século 20, em sua estética e jeito de ser, termina aí.

O livro começa com o sonho que tive na noite anterior à primeira quinta-feira em que acordei e, depois de vinte e tantos anos, não precisei escrever minha coluna Caro Leitor.

Depois, volto no tempo a lembrar cada um desses 50 textos e o quanto me valeu escrevê-los.

O livro, eu o dedico ao meu vô Carlito, o homem que me ensinou a olhar marotamente o mundo pela janela…

Uma trilha sonora para o livro. Que tal esta?

1 Response
  • Kelly
    1, agosto, 2019

    Seus textos são fluído, aprezíveis. As palavras quase que deslizam aos olhos.
    Muito bom lê-los, professor Rodolfo!
    Abraço.

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