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Crônicas de Viagens – Sorrento

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Fotos: Arquivo Pessoal

4 – Pela sépia lente do lembrar

Sol esquivo

Sol de inverno

Sol de SORRENTO

Sol e o mar

O mar de Sorrento

O que lhes direi?

De barcos, pescadores

E aves marinhas a picotar o céu

O céu de Sorrento

É azul

Azul sem nuvens

Azul igual a tantos outros

Só que este azul do céu,

Do céu de Sorrento,

Meu olhar o vê diferente

Pela sépia lente do lembrar

Lembrar Sorrento

É não esquecer:

Ruas, becos, vielas, casarios

Tudo tão sem tempo

…tão antigo

…tão sonhado

…tão real

…tão próximo

…tão meu

Como se eu estivesse prestes a retornar

Tornar a Sorrento

Por tudo

Por nada

Apenas para dar vida a essas linhas maltraçadas.

Acompanha-me neste exato instante um velho sucesso de Elvis Presley.

Ironia…

Ele canta em italiano – e me emociona a interpretação.

Talvez seja esta distância.

Talvez seja só impressão. Tola e descabida.

Mas, a lembrança e a canção me remetem a um tempo e lugar que não são os meus.

Aos quais, porém, me sinto perfeitamente integrado.

Não sei se me faço entender.

É uma estranha sensação – mas, plenamente, real, que acontece todas as vezes que viajo.

Sou e não sou o que sou, mas sigo sendo…

Sou parte deste cenário.

Não é algo de ruim.

Ao contrário.

Até gosto do personagem.

Pensando bem, meus caros, por vezes preciso mesmo desses respiros de estranheza.

Gosto de me sentir um turisteiro (entre o turista e o aventureiro).

É quando a vida parece fazer mais sentido e um acolhedor encantar-se chega mesmo a bater à minha porta.

Toc, toc, toc.

De ilusão – e esperança – também se vive…

Deixo, pois, que este distinto senhor (o encantar-se) se acomode entre nós

… como um sonho que se realiza

… e ninguém nos pode roubar.

* Inspirado no post Sorrento, publicado em 02/09/2008.

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