Ah, esse eleitorado paulistano!
Chutou para as cucuias a anunciada polarização entre PT e PSDB que caracterizou os pleitos municipais em São Paulo nos últimos anos.
Só mesmo um tsunami eleitoral jamais visto tira o candidato Celso Russoman, do inexpressivo PRB, do segundo turno da escolha para prefeito da Capital.
Ele aparece soberano nas pesquisas de intenção de votos. Serra e Haddad, antes proclamados favoritos, disputam o segundo lugar e a chance de manter-se vivo na disputa. Pesquisa do Ibope, divulgada ontem, indica empate técnico, 18 a 17 para o petista.
Enquanto assistia ao debate de ontem n a TV Gazeta – insosso e artificial como os demais realizados, por outras emissoras – ficava pensando no cenário que pode se delinear para o embate final, em 28 de outubro.
Quem apoiaria quem?
Numa leitura rápida do panorama de hoje, fica claro que a candidata Soninha (PPS) ‘fecha’ com Serra e Chalita (PMDB) acompanha Haddad.
São ‘ apoiamentos’, como dizem os políticos, mais alentados, e alentadores.
Paulinho da Força (PDT), Gianazzi (PSOL) e Levy Fidelix (PRTB) e demais candidatos ajudam, mas não decidem.
Muito bem!
Em se configurando a cena, com Russomano em primeiro, Serra e Haddad e respectivos partidos devem se preparar para vivenciarem um complexo dilema.
Aquele que ficar de fora do segundo turno terá de repensar cuidadosamente a estratégia para o encaminhamento de significativa parcela do eleitorado.
Seria possível uma dobradinha PT e PSDB para livrar São Paulo do que chamam de retrocesso – a candidatura Russomano?
Ou o perdedor ‘fecharia’ com o candidato do PRB para, de alguma forma, ainda cantar vitoriana maior cidade do País?
Pensariam no que é melhor para a cidade?
Ou nos desdobramentos deste pleito para o embate presidencial em 2014?
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos…