Falemos de jornalismo…
Permitam-me.
É assunto que sempre volta ao Blog, pois é da minha zona de interesse e simpatia.
Por força de ofício, entendam.
Dois assuntos reverberaram fortemente no fim de semana. Tanto nas ditas redes sociais como nos noticiários propriamente ditos.
Vou registrá-los aqui sem maiores delongas.
A saber:
1 – o bate-boca do jornalista Paulo Vinicius Coelho (PVC) com o ex-jogador e comentarista Casagrande no programa Seleção Sportv de sexta, 21;
2 – a divulgação da notícia de que o histórico prédio da Editora Abril foi arrematado em leilão judicial, também em meados da semana passada.
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Separei dois textos que considero esclarecedores. Um para cada temática.
Ambos estão no Portal do UOL – e eu os disponibilizo abaixo:
1 – Leia AQUI o Blog do Menon
2 – Leia AQUI o Blog Nós, texto da jornalista Brenda Fucuta
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Um brevíssimo pitaco deste humilde escrevinhador:
1 – quando os boleiros aposentados descobriram o filão do comentário esportivo, ocupando espaços antes reservados quase que exclusivamente aos jornalistas diplomados, especialmente no rádio e na TV, desenvolveu-se uma relação de amor e, vá lá, desprezo mútuo entre uns e outros. Os jornalistas, apresso-me em dizer, regra geral, amam a convivência com os ex-jogadores. Sentem-se privilegiados, parte da turma e cousa e lousa e maripo(u)sa. No entanto, ficam pê da vida quando, em pleno debate, o ex-boleiro puxa o currículo e cita a inefável frase: “Eu sei porque estive lá. Eu joguei em tais e tais times”.
Já foi mais latente tal dissenção. Hoje, a coisa parece estabelecida e mais cordial.
Mas, nem tanto…
2 – há três funções básica que norteiam o bom jornalismo: ser crítico, fiscalizador e o respeito à verdade factual. Cabe ao jornalista servir de filtro, ou mensageiro, entre as fontes de informações e os leitores, ouvintes ou internautas. Pautar as notícias, coletar as informações, filtrá-las e decidir quando e como chegam aos leitores. Hoje qualquer pessoa com acesso à internet tem (se assim desejar) a possibilidade de ser produtora de conteúdo. Por uma contagem relativamente recente (coisa de 5 anos atrás) havia mais 5 bilhões de páginas na Internet, acessadas por um quinto da população mundial. Cabe tudo nesse balaio.
Num planeta em que todos produzem conteúdo, qual o papel que resta para os jornalistas e editores? Como podem se reinventar os grandes conglomerados da Comunicação sem perder de vista os processos e critérios jornalísticos?
Eis o desafio do jornalismo nessa segunda metade do século 21.
Um desafio que atinge a todos nós. Jornalistas ou não.
(Voltaremos ao assunto…)
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O que você acha?