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Celebremos a paz…

01. Celebremos a paz em Kosovo. Celebremos a paz entre os homens. Todos os homens; e não unicamente àqueles que professam a boa vontade. Tanto estes quanto os que ainda insistem em perambular pelos nefastos caminhos da ignorância. Todos precisamos de paz. Só assim esse tal Planeta Terra pode extinguir a ignorância e a miséria. Celebremos, pois, a paz…

02. A manhã de ontem nos trouxe a boa nova. Fim dos bombardeios. Iugoslávia e OTAN (Aliança Militar Ocidental) firmaram acordo que prevê a retirada das tropas sérvias da Província de Kosovo. A retirada já começou e têm mais 10 dias para se completar. O acordo prevê também a instalação de uma força internacional na região, com 18 mil homens, para acompanhar e garantir a volta de 800 mil kosovares que vivem em campos de refugiados. Os soldados ingleses, especializados em desativar minas, serão os primeiros a entrar em território sérvio, seguidos pelos contingentes de americanos, canadenses, alemães, franceses e italianos.

03. Foram 78 dias de guerra e destruição. Um confronto onde todos perderam. E, embora muitos tentem tomar para si o que entendem por vitória, o certo sem mentira, a verdade muito verdadeira é que a paz ainda é um frágil esboço. As etnias sérvias e albanesas ainda se conflitam. Os primeiros para preservar a tutela da área, a segunda por questões separatistas. China e Rússia, que não apoiaram os bombardeios, ainda não enguliram a feroz intervenção de americanos & cia, tanto que deram sustentação para que o premiê iugoslavo Slobodan Milosevic continuasse na presidência e pudesse anunciar a paz como uma conquista pessoal. E ainda o papel da OTAN que subjulgou os trâmites políticos e diplomáticos da Organização das Nações Unidas (ONU) neste triste episódio que vitimou 5 mil pessoas, deixou 1,3 milhão sem teto (500 mil kosovares fugiram para as montanhas) e arrasou toda uma Provincia da Europa setentrional.

04. Na esteira do Dia dos Namorados, talvez valha a pena lembrar que, assim como o amor, a paz é antes de tudo um atrevimento, é ir além. Falo da paz (e obviamente do amor) em todos os sentidos. Pessoal, regional, planetária, cósmica. Plena.

05. Grandes e pequenas diferenças precisam ser contemporizadas. Erros, equívocos, preconceitos. Parece-me prudente entendê-los como parte da natureza humana. O que interessa mesmo é a força que se faz para tentar superá-los. Não podemos nos deixar abater. Nem abrir mão da verdade, mesmo que esta se apresente em forma de injustiça, retrocesso. Trataremos, pois, de transformá-la à luz dos novos tempos. Tempos que vão erradicar guerras estúpidas como essa de Kosovo e outras tantas que enfrentamos bisonhamente em nosso dia-a-dia. Vale lutar por um sonho, e não matar ou morrer por uma incompreensão…