5 milhões.
Pouco mais, pouco menos, é o montante de votos que a candidata Dilma Rousself precisa perder, de hoje até domingo, dia da eleição, para que haja a possibilidade de segundo turno no pleito presidencial.
A previsão baseia-se nos índices divulgados pelas pesquisas de intenção de voto que os diversos institutos de medição da opinião pública vêm realizando quase que diariamente.
Em outros tempos, esta seria uma missão impossível.
Ma, hoje, as tais redes sociais, o YouTube e a ainda toda poderosa TV podem virar o jogo. Há ainda a nada discreta participação dos jornalões e das revistas de informação, firmemente engajadas nesta reta de chegada.
Enfim, como se diz na gíria do futebol, o jogo é jogado e o lambari é pescado. A partida – e as eleições – só acaba quando termina.
Por isso, a semana promete, meus caros cinco ou seis amáveis e fiéis leitores.
Até porque há uma inequívoca queda de braço entre setores da sociedade que, a grosso modo (e mesmo com o discurso otimista de Marina Silva, a tal onda verde) se dividem em entre duas candidaturas – Dilma e Serra.
Por ora, as forças litigantes são capitaneadas, de um lado, pelo presidente Lula e, de outro, pelos chamados conglomerados de comunicação, com acusações mútuas e, não raras vezes, contundentes.
Lula vale-se do alto índice de popularidade que alcançou nesses oito anos de governo – algo em torno de 84 por cento. A mídia apega-se às denúncias de escândalos no cerne do governo que, de resto, acabaram por toldar o debate das questões nacionais.
No fundo, representam valorosas instituições (a Presidência da República e a Imprensa) que deveriam mediar o debate e não se envolver até as últimas conseqüências, como vêm fazendo.
É um lamentável equívoco.
Mas, não vejo risco de golpismo ou mesmo de restrições à liberdade. Ainda vivemos os tenros passos do Estado de Direito. É natural que haja etapas que precisamos vivenciar – e aprender – no imprescindível jogo democrático.
** FOTO NO BLOG: Jô Rabelo