Foto: reprodução das redes sociais
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Não era Armindo.
Não era Arlindo.
Menos ainda Armando.
Nem pensar que fosse Arlando.
(De onde você tirou esse nome, Rudi?)
O nome do secretário de redação do Diário da Noite lá pelos idos dos anos 70 era Argemiro.
A_R_G_E_M_I_R_O.
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O amigo Escova, que se autodenomina ombudsman do Blog mesmo morando nos arredores de Paris, faz o reparo, via zap, à informação que lhes dei nos meus dois recentes posts/crônicas.
– Tem certeza, Escova?
Faço a ressalva pois bem conheço o amigo_distante.
– Certeza, certeza absoluta, não tenho. Mas, ocorreu-me uma vaga lembrança.
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Vaga e triste lembrança tenho eu, Escova, da primeira reportagem que fiz.
O primeiro passo (em falso) desta longa jornada que, neste 2024, completa 50 anos,
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O dito_cujo Zé Armando Cavalcanti, o pimpão da coluna Koisas, me pautou para fazer um Fala, Povo na Praça da República, localizada nas imediações da sede do Diário da Noite.
Dissse-me ele:
“A praça está abandonada, é um antro de desocupados.”
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Fui para o local sozinho (depois ele enviaria o fotógrafo) e desandei a falar com quem encontrei pela frente: o porteiro do cine República, a madame que morava em um dos prédios da avenida São Luiz, o senhorzinho que lia jornal no banco da praça, um chileno hippie que vendia brincos, colares e pulseiras feitos de miçangas e mais três ou quatro pessoas que por ali passavam.
Todos reclamaram bastante das precárias condições do local.
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Voltei para o jornal – e, com pose de veterano, enchi de letrinhas duas laudas (com 20 linhas de 70 toques cada) e meia.
Disse tudo o que poderia dizer.
Missão comprida e cumprida.
A Praça estava salva.
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Ledo e ivo engano.
No dia seguinte, o pai correu para a banca logo cedo.
Comprou o jornal.
E lá estava.
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O último tópico da coluna Koisas, assinada pelo notável Zé Armando.
Dizia o seguinte:
“É de se lamentar o estado de abandono da famosa Praça da República, tornou-se um antro de desocupados.”
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Ou seja, o ‘simpático’ não usou nada do que escrevi.
Decepção.
Pensei em desistir do jornalismo, virar hiponga e vender miçangas na dita Praça.
(Também pra isso, desconfio, não levava e não levo jeito.)
Desalentado que só, fui bater na porta do secretário de redação, o Argemiro.
Em vão.
Decididamente.
Ali não havia futuro para mim.
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TRILHA SONORA – 1974
Ops… Não resisti à versão mais suingada da canção do brasileiro Morris Albert (Maurício Alberto) que fez um sucesso extraordinário desde o lançamento, no ano santo de 1974. Fica a promessa. Qualquer dia escrevo mais detalhadamente sobre a canção, o autor e contexto da época. É uma promessa; não, uma ameaça…
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O que você acha?