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O Rei e eu

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Foto: Caio Girardi/Divulgação

O que posso dizer sobre Roberto Carlos neste dia em que o Rei completa 80 anos?

O que teria eu a lhes dizer que já não disse nesses quarenta e tantos anos de escrevinhações?

Aqui mesmo, no Blog, já deitei e rolei falação sobre o cara (sim, ele ainda é o cara) em dezenas de croniquetas.

Se as linkasse aqui e agora poderia dar por encerrada a sessão de hoje, mas certamente haveria de decepcionar este ou aquele amável leitor (senão a todos?) que permanece(m) ávido(s) por informações sobre o RC.

A bem da verdade, também não me sentiria confortável por, diante da nobreza da efeméride, contentar-me em plagiar a mim mesmo.

Não seria de bom tom, concordam?

De qualquer forma, se interessado os há em tais textos, pode o amigo dar um clique na lentezinha de busca aí em cima no cabeçalho do site, digitar o nome ‘Roberto Carlos’ e logo aparecerá série de meia-dúzia de uns três ou quatro posts antigos.

Fiquem à vontade…

Mas, se possível, voltem aqui!

Outra alternativa, disse-me a dedicada leitora, seria selecionar as 80 melhores canções do Roberto.

80 anos. 80 canções.

“Não é uma boa sugestão?” – enfatizou a moça que, segundo me garante, já singrou mares e ares nos tais cruzeiros dedicados unicamente a privilegiados súditos do Rei.

Hum…

A ideia é boa.

Tenho que lhes confessar, porém, algo constrangido: seria um tanto quanto trabalhosa a tarefa.

Eu mesmo não soube dizer a ela – e agora aos amigos que me leem – qual a minha canção preferida de tão vasto e longevo repertório.

Além do que sei bem o que provocam tais listas e escolhas.

Sempre esqueceremos uma ou outra composição para o muxoxo daquele que tem justamente a “pérola” perdida como a trilha sonora da sua vida.

Pois é, meus raros e caros…

Já andamos a dois blocos de conversa e, cá estou, sem saber que rumo dar à crônica/homenagem.

Valho-me de minha esmaecida memória: qual a mais remota lembrança que tenho do Rei?

Um adendo:

Abram a janela para arejar o ambiente, pois a poeira do túnel do tempo se fará inevitável.

Anos 60.

Era garoto quando ouvíamos no rádio a voz de um cantor desconhecido, um tal de Roberto Carlos, a emplacar um sucesso após o outro: Parei Na Contra Mão, É Proibido Fumar, Splish Splash, O Calhambeque.

Eram roquezinhos maneiros, divertidos.

Falavam a nossa língua.

O idioma dos garotos urbanos, suburbanos e sonhadores.

Logo algum disc-jockey o chamou de O Rei da Juventude.

Lembro-me de vê-lo, algo tímido diante da multidão, num show improvisado num stand do primeiro ou segundo Salão da Criança ao ser anunciado pelo radialista Luiz Aguiar.

Não disse palavra. Cantou duas ou três músicas, se tanto.

Seu reinado, no entanto, estava apenas começando.

Não demorou para se consolidar.

Gravou Quero Que Vá Tudo Pro Inferno ( a música que hoje renega) e a TV Record (a toda_poderosa da época) resolveu dar-lhe o comando do programa Jovem Guarda nas tardes de domingo.

Não dá para explicar o tamanho do fenômeno que ali se deu para os que tinham menos de 18 anos.

Só quem viveu saberá dimensioná-lo.

Sorry, sub_60.

Esse turbilhão de emoções durou três, quatro anos, se muito.

Foi mesmo um arraso.

Inesquecível para quem o viveu.

Mas, ah, essa juventude…

Tão instável, tão voraz e impulsiva em seus quereres!

Logo se voltou para outras modas, ampliou o leque de ídolos, engajou-se em novos movimentos. Musicais, inclusive.

Roberto reinventou-se, então, como cantor romântico.

Foi para San Remo, na Itália, em 68. Venceu o Festival, mundialmente conhecido, ao interpretar Canzone Per Te, do brilhante Sergio Endrigo e, como me disse o Erasmo, primeiro amigo do Rei, numa entrevista:

“As portas do mundo se abriram para ele, bicho Merece, cara, merece”.

Vieram os anos 70, 80, 90…

Virou o século e o Rei (o cognome ficou mais curto – e mais abrangente) continuou em alta.

Fez e interpretou algumas das mais belas canções de amor.

Canções que, registre-se, são marcantes na vida de milhões de brasileiros.

Ops.

Cá estou a dizer obviedades.

Todos conhecem o notável desenrolar dessa história…

Uma história única, reconheça-se, em nosso cancioneiro popular.

Saldemos o Rei!

Vida longa ao Rei!

Ufa!

Para quem não sabia bem o que dizer, desconfio que já falei demais.

Que tal ouvir o Roberto?

Vou escolher a minha canção, ok?

Não sei se é a preferida. É a que agora me ocorre…

Fique à vontade, amável leitor, amável leitora, o You Tube está à disposição para montar sua playlist. 

Cada qual tem a sua, pessoal e, romanticamente, intransferível.

Um “chorinho”.

Um Rei no Ypiranga

Divirtam-se com a primeira reportagem que fiz sobre o Roberto Carlos.

 

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