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Pelé, primeiro e único

O pai dizia que Mazzola (o nosso José Altafini) era o melhor de todos. Mas, tinha lá suas dúvidas. Um amigo italiano do Velho Aldo (que ainda era jovem naquele tempo) defendia que o bom mesmo era o Valentino Mazzola, do Torino da Itália, que conquistara duas vezes o scudetto pelo clube da Lombardia e, de resto, inspirara o apelido do goleador palmeirense. Por ser loirinho e bom de bola.

Tio Toninho não concordava. Zizinho era o melhor de todos. Não era convicto na opinião, pois havia dias em que se referia a Leônidas da Silva, o Diamante Negro, como o maioral. O tio era são-paulino, óbvio.

Seu Simeão, corintiano de poucas palavras, pai dos meus amigos Claudinho e Tonico, não queria entrar em discussão. Para ele, Luizinho e Claudio Cristóvão Pinho e Baltazar, o Cabecinha de Ouro, eram imbatíveis. Se bem que o Rafael Chiarelli era um craque refinado.

O vô Carlito, ciente das suas origens – nasceu em Cascatinha, no Rio de Janeiro -, falava de um certo Dida, do Flamengo , mas fazia questão de ressaltar outros candidatos a melhor de todos. Eram craques do passado como Arthur Friedenreich, Araken Patuska, Heleno de Freitas, entre outros tantos e tamanhos.

A escolha era difícil e variava de acordo com a simpatia e a torcida de cada um. Até que na Copa do Mundo de 1958 apareceu aquele garoto franzino de 17 anos e o Brasil conquistou seu primeiro título mundial. A partir de então, fez a luz. Ou melhor, fez-se a hunanimidade.

Pelé era (e é) o Rei do Futebol.

Na boa, sem querer fazer a apologia dos tempos idos e vividos, não há termo de comparação entre Pelé e os que vieram depois.

Todos sabemos dos seus feitos – e, aliás, as reportagens que hoje, no dia de seu aniversário, rememoram seus 75 anos de vida comprovam bem a inatingível dimensão de “O Atleta do Século”. De todos os séculos…

Parabéns, Edson Arantes do Nascimento. Pelé, primeiro e único.