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Sete tons de azuis (3)

Carmelo não deu trela à minha curiosidade.

Mas, nos três dias em que lá fiquei, assuntei daqui e dali, como viajante parvo que sou por vocação e escolha, e posso lhes contar algumas coisas sobre o arquipélago.

Aliás, esta foi a minha primeira (e soberba) descoberta: San Andrés é a sede de um arquipélago de pequenas ilhotas também chamado San Andrés.

II.

Ingleses e espanhóis disputaram, ao longo dos séculos passados, quem ficaria com a soberania do lugar. Que hoje pertence à Colômbia embora fique a 700 quilômetros do litoral do país e a menos de 100 quilômetros da Nicarágua [país que também se arvorava dono do pedaço].

A Corte Internacional de Justiça deu parecer favorável à Colômbia em 19 de novembro de 2012.

Na Ilha, percebo que os nativos, no futebol, torcem pela Colômbia (e, onde você anda, vê a camisa da seleção). Quando se pergunta pela origem, eles preferem dizer que são “ilheenses”.

Faz sentido.

III.

Por formação e origem, a maior parte dos 77 mil habitantes se diz pertencer à raça “anglo-afro-caribenha”. Que adora Bob Marley e o reggae, a rumba, a cúmbia e todo e qualquer ritmo dançante, e exagerado.

São simpáticos, e brincalhões.

A pobreza do lugar não lhes tira o bom humor.

“A Ilha não fabrica nada. Tudo o que precisamos vem de fora. Até a água que bebemos, acredita? A que se usa nos hotéis para os turistas é desalinizada. Só o que a Ilha produz são coquinhos, pescados e… negritos”, me disse Carmelo ao me responder sobre a vida por aqui.

“Tudo o demais é turismo”.