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Viver é desenhar sem borracha

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Meus caros,

A frase do Millôr, gênio da raça, me surpreende na manhã desta terça enquanto tomava sol na estreita varanda do apartamento do prédio onde moro.

Pensava no que lhes escrever.

Cá estamos no risque-e-rabisque da vida repleta de cenas inéditas e imprevisíveis.

Sorumbático e macambúzio, olho  o (quase nenhum) movimento dos carros nas ruas e, ao longe, na via Anchieta.

Quem diria?

Vejo também um ou outro obstinado atleta a correr na pista da avenida Kennedy. Pode isso, doutor?

O comércio fechado.

Os silenciosos e enigmáticos prédios ao redor…

Quem diria que…

Dúvidas, dúvidas, dúvidas.

Um arquipélago de dúvidas com interrogações generalizadas por todos os lados.

Somos náufragos de tantos porquês.

Como traçar, pulso firme, movimentos ágeis, nossos dias daqui pra frente – eis o desafio.

De cada um de nós e de todos…

Papinho chato, né?

Melhor partir para as gentis contribuições que este humilde Blog vem recebendo para, ao menos aqui, esquecer (mesmo que por instantes, e em alerta) a quarentena e todo esse drama que a Humanidade está vivendo…

“Seremos todos mais felizes” me diz o amigo Poeta.

Ele me encaminhou a foto que hoje ilustra o nosso post.

Há coisa de lá se vão uns oito anos, fomos a um congresso de Comunicação no Recife. Éramos membros da comitiva de professores da universidade em que trabalhávamos – e nossos alunos-orientandos iriam apresentar um trabalho qualquer, um papper, não lembro…

Nas horas vagas – e são muitas nesses encontros acadêmicos -, o Poeta no lugar de poetar saía a fotografar tudo o que via pela frente.

Ele fotografa bem, reconheça-se.

A imagem aí de cima mostra seu talento e sensibilidade.

Obrigado, amigo!

Agradeço também a leitora Desirée que me encaminha o trecho de uma crônica de Danuza Leão. Para que eu aqui replique.

Pois não…

Acho até apropriado para o momento que ora enfrentamos:

Essa tal de felicidade *

É preciso tomar cuidado com essa tal de felicidade, e já começar sabendo que ela não é um lugar onde se chega, mas por onde se passa às vezes, por alguns instantes – e na maioria deles, sem perceber. É tão estranha essa tal de felicidade, mas tão estranha, que normalmente só nos referimos a ela como coisa do passado – ah, como eu era feliz – ou do futuro – ah, como vou ser feliz quando, se, etc etc.

Tudo existe no presente: ter frio, fome, sede, triste, alegre ou sofrendo – menos ser feliz. Você já ouviu alguém dizer “eu sou feliz”? Olhando para trás é bem capaz de pensar que era feliz e não sabia – quantas vezes você pensou nisso? Quantas vezes você ouviu isso?

(*) Publicada no livro Sem Juízo (Agir/2012)

Por fim – e enfim, a trilha sonora quem escolheu foi a Analy. Grato!

Perfeita para quando tudo isso passar…

Bonjour mes amis

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