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Forrest Gump à brasileira

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Foto: tela feita por Sônia Stipp Luque

Simpatizei com o senhorzinho assim que vi a tela nas mãos da autora.

Pensei comigo mesmo:

“Daria uma crônica. O personagem tem jeito de quem viveu poucas e boas. Agora, deixa que a vida aconteça entre as lembranças de tempos idos e vividos.”

Ademais, me parece, somos contemporâneos.

Sei – e, desconfio, ele mais ainda – das contradições e dos sonhos da nossa geração, os nascidos no pós-guerra.

A quem, hoje, a moçada chama de os baby-boomers.

Digamos também que cena é relativamente comum em praças e parques da cidade.

Há sempre um velhinho dando mole pela aí. O cachorrinho ao lado é praxe.

Quando os vejo, tenho sempre a sensação de que vivem como se fossem protagonistas de um filme mudo em preto e branco.

Têm histórias para contar.

Minha crônica poderia seguir esse roteiro.

Também gosto de me perder em recordações e devaneios.

Seria divertido ouví-lo, uma viagem mágica, posto que é apenas uma imagem.

O nosso Forrest Gump à brasileira

Pensei que pensei no assunto

Mas eis que, numa dessas manhãs, resolvo salvar a foto do celular no computador.

E, no ato, lembrei-me de uma canção

Bem antiguinha, diga-se.

Dos meus tempos de repórter que cobria os lançamentos de MPB.

Desisti da crônica.

Aqueles versos de Eduardo Gudim e Roberto Riberti já dizem tudo o que o humilde escriba pensou dizer:

.Um Velho ateu
Um bêbado cantor poeta
Na madrugada
Cantava essa canção-seresta
Se eu fosse Deus
A vida bem que melhorava
Se eu fosse Deus
Daria aos que não tem nada.

Ainda nenhum comentário.

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