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Antes e depois do pacote de outubro

01. Em menos de duas semanas, o Governo anunciou o pacote econômico (amplamente recessivo e dependente do FMI), as medidas antidesemprego (motivo de nossa matéria de capa) e fez aprovar, no Congresso, a tão propalada Reforma da Previdência, com significativas mudanças nas regras de aposentadoria dos setores públicos e privados.

02. Toda essa pressa faz sentido, dizem os arautos do Planalto. A crise mundial nos impele para ajustes irreversíveis e inadiáveis. O Brasil não pode ser a bola da vez como aconteceu com Coréia, Indonésia e, mais recentemente,a Rússia — ao que me consta, principal responsável pelo estresse do eixo econômico planetário. Já repararam tudo, agora, é culpa da Rússia…

03. Curioso — e triste — que passamos quatro anos, clamando pelas tais reformas que, desde sempre, nos pareciam indispensáveis. Mas FHC e os seus nada fizeram. Deram prioridade ao projeto da reeleição, fundamental para que mantivessemos os mesmos no Poder — mas, de efeitos duvidoso para o chamado avanço democrático. Em termos do aprimoramento da almejada justiça social, o projeto da reeleição foi tempo perdido…

04. Agora, o País à deriva, nosso grande carrasco é a situação internacional. Opa, não é por aí…

05. Ainda em setembro, em plena campanha eleitoral, vivíamos um Brasil pleno de avanços e conquistas nos últimos quatro anos. Mercê da publicidade oficial (que custou a bagatela de 46 milhões de dólares), alardeavam feitos e realizações nunca dantes vistos por essas plagas. Em função dessa blitz de otimismo, era inevitável, fez-se a reeleição… Só que, dias depois, o discurso mudou… E tome pressão, nuvens negras e assombrações. Onde foi parar o Brasil maravilha de FHC?

06. Convém lembrar: esse degringolar das Bolsas não é coisa de agora. No mínimo, vem de antes do periodo pré-eleitoral. Não seria sensato, então, ir discutindo a questão desde então? Não seria mais simples procurar soluções objetivas à medida em que os fatos iam acontecendo? Não seria mais correto que o Governo mostrasse sua verdadeira cara na TV para nos informar o que teríamos pela frente? Assim talvez pudessemos votar no real que nos interessa e não no interesse do Governo…