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Amado Caymmi

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Foto: Zelia Gattai/Acervo da Fundação Casa de Jorge Amado

Da série Arquivo Musical

Termino de (re)ler Mar Morto, de Jorge Amado – e salta-me aos olhos uma surpresa.

Surpresa que nada tem a ver com a pungente trama do autor baiano, entre os grandes e notáveis da língua portuguesa.

São dois pequenos recortes de jornal, quase que grudados na contracapa interna do livro.

Devidamente amarelecidos pelo tempo, trazem como conteúdo o atrevido – sapeca, talvez – crítico musical que era como me entendia naqueles dias.

As indicações dos discos, reconheço, são interessantes.

Mas, o texto… ah, o texto, quanta ousadia para o jovem repórter que eu era.

Confiram:

INTERESSANTE NOVIDADE (25/08/1978)

Jubileu de Prata do Trio Elétrico, com Dodô e Osmar (Phonodisc) – Os criadores do trio elétrico, Dodô e Osmar, acompanhados dos filhos, Armandinho, Haroldo e Betinho, e do novobaiano Moraes Moreira, carnavalizam, com estridências e repiques característicos, tudo o que encontram pela frente: os clássicos mais populares e os populares mais clássicos. O registro em disco, apesar do atraso – o jubileu aconteceu em 75 – é, no mínimo, curioso. Vale a pena conferir! (RCM)

CAYMMI E SUA OBRA (19/05/1982)

Milagre – Dorival Caymmi (Polygran) – Luxuoso álbum, com quatro elepês, mais encarte biográfico, que encerra a excelente obra do baiano Dorival Caymmi. Além do compositor, participam como intérpretes: Gal, Chico Buarque, Quarteto em Cy, Dick Farney, MPB-4, Sylvia Telles, Nana Caymmi, João Gilberto, Gil, Caetano, Marília Medalha, Nara Leão, Márcia, Tom Jobim e Elis Regina. No repertório, preciosidades como “Só Louco”, “Das Rosas”, “Marina”, “O Bem do Mar”, “Saudades da Bahia” e “Oração da Mãe Menininha”. Para os cultores da MPB, apesar do alto preço, um trabalho de inquestionável valor. (RCM)

Cabe alguns reparos.

Não tenho a menor ideia de como esses recortes foram parar ali.

Talvez eu os tenha usado, na primeira leitura, como marcadores de páginas.

Mas, parece-me improvável.

O fato de o conteúdo dos discos e do livro ser, por óbvio, repleto de baianidades pode ser coincidência. Ou não?

Indecifrável o mistério.

Mais:

Lamento não saber o paradeiro dos dois álbuns, especialmente o do Caymmi.

Também não sei se continuam em catálogo ou estão à venda em algum sebo pela aí.

Sei que fiquei feliz ao encontrá-los – e não resisti ao impulso de publicá-los no Blog.

Bom reler o sonhador e abusado RCM, que era como eu assinava os comentário naqueles idos.

Vasculhei no YouTube – e vejam a preciosidade que encontrei:

Ainda nenhum comentário.

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