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Desesperar jamais

“Desesperar jamais”, ensinaram Ivan Lins e Vitor Martins, nos versos da canção que se indignava com o tempo obscurantista em que vivíamos e que, apesar de todas as broncas, era possível sonhar com um Brasil mais justo e solidário.

Os tempos são outros, é bem verdade – e notoriamente conturbados. No entanto, antes que saíamos pela aí distribuindo bordoadas, soltando impropérios com este e aquele, é importante que nos informemos sobre o que acontece hoje no País.

Tomo a liberdade de lhes fazer, amáveis cinco ou seis leitores, três recomendações de leitura.

1 – a coluna de Veríssimo em O Estado de S. Paulo de ontem, “O Vácuo” que diz, entre outras verdades: “Sugiro a quem se preocupa com o momento nacional que faça um pouco de arqueologia histórica para manter as coisas em perspectiva. Procure na imprensa da época a reação causada pela marcha da família com Deus pela liberdade contra a ameaça comunista. Também foi uma manifestação enorme, impressionante. E foi o preâmbulo do golpe de 64 e dos 20 anos negros que se seguiram e hoje tanta gente quer ver de novo”.

2 – o artigo do professor e economista Luiz Carlos Bresser Pereira, “À Altura do Momento”, publicado ontem na Folha de S.Paulo. No texto, o ex-ministro do governo FHC destaca: “Ora, este não é o momento para atacar o governo. Muito menos é o momento para tentar desestabilizá-lo. Não estamos em época de eleições, mas em um momento em que temos de reunir forças para enfrentar uma crise econômica”.

3 – o número de agosto da revista Brasileiros que traz a matéria de capa “A Tristeza Está de Volta” em que retrata a perplexidade da população diante das perdas das conquistas dos últimos anos, do avanço do desemprego e da instabilidade política do país. Especialistas como Marcos Napolitano, Pedro Celestino Luiz Gonzaga Belluzzo, entre outros, discutem o momento brasileiro no âmbito político, econômico e psicanalítico.