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Jornalismo nesses tempos… (2)

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3 – “As redações estão em crise; o jornalismo, não”

Disse a frase em um dos pronunciamentos que fiz durante uma das tantas cerimônias de formatura que honrosamente pude participar ao longo do meu tempo de magistério.

Retrata o meu desalento com o jornalismo que hoje se pratica nos chamados grandes (?) e tradicionais meios de comunicação. Ampla e inteiramente comprometidos com o descontrole social que vivemos há já algum tempo.

Sei que não sou (e não me arvoro ser) um Alberto Dines da análise midiática, mas acho deprimente o discurso único, maniqueísta e, absurdamente, tendencioso que a Imprensa usou (e vem usando) na cobertura dos fatos políticos que nos aflige.

Ponho na conta dessa cobertura falaciosa o clima de ódio que hoje impera na sociedade. E mais: a falta de diálogo, o justiçamento público, o esgarçamento do tecido social, a ascensão e consolidação (querem que eu dê nomes?) de personagens que acenam com o retrocesso, entre outros fatos e atos que destroçaram o equilíbrio da opinião pública e apontam para o caos.

Como jornalistas, nunca poderíamos  ter corroborado para tamanho retrocesso.

4 – “Os sonhos não envelhecem”

Busco no repertório do inesquecível Clube da Esquina a referência para lhes dizer que os jovens jornalistas apostem nos sonhos porque essa “chama não tem pavio”.

Em tudo, sobrevive, resiste e se transforma o jornalismo.

As multiplataformas, possíveis e cabíveis, incentivam aos novos (e não tão novos) jornalistas que inventem o próprio espaço e dê o seu recado. Seja um canal no youtube, um blog, no instagram, no twitter, em uma produtora independente, em uma startup media… – enfim, as possibilidades infinitas que hoje dispomos permitem voos solos a todo aquele que quer exercer a profissão dentro dos pilares éticos e profissionais, sem vínculos empregatícios com esta ou aquela empresa.

5 – “Mas, porém, contudo, todavia…”

Valho-me da lembrança do Irmão Fidélis, meu professor de Português, no colégio marista Nossa Senhora da Glória.

Sei que o momento – no País e no mundo – é de desalento e de algum temor.

Faço aqui, no entanto, minha profissão de fé.

Se há algum caminho a seguir, este será o da fraternidade, o de nos fazermos um só povo e, não tenho dúvidas, será traçado pelas novas gerações.

Serão delas o protagonismo desta cena.

Nós, os mais vividos, teremos, sim, que estar juntos e lhes dar amparo. Pois, nada os impedirá de seguir adiante na construção de uma sociedade mais justa e contemporânea, pois, em essência, este é o grande desafio de ser e se fazer jornalista.

Outra canção do meu tempo. Deliciem-se! Ou, como dizem vocês, entrem na vibe…

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