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Carrara e Marina de Carrara

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Foto: Marina de Carrara. Itália, verão de 2022/Arquivo Pessoal

Uma de nossas paradas no Roteiro de Viagem foi em Carrara e, por ser verão, nos hospedamos nas franjas do seu litoral, em Marina de Carrara.

Tanto em uma como em outra, como os amigos podem imaginar, o que não falta é… mármore.

Mármore para dar, vender e exibir em monumentos e mais monumentos.

Qualquer passeio pela cidade – seja no Centro Histórico, seja na área da Marina -, em qualquer praça ou beco, é possível admirarmos uma ‘obra histórica’ (tudo na Itália é ‘histórico’) feita em… mármore.

Até aqui, era de se esperar.

Nenhuma novidade.

Mas vale o registro, não?

Aliás, os montes e montanhas (nunca sei a diferença) que enfeitam as cercanias de Carrara impressionam.

É de lá que vem a pedra famosa em todo o Planeta.

Gostei de Carrara e, mais ainda, de Marina de Carrara.

A bem da verdade, gosto de qualquer cidadezinha italiana aprazível, de ruazinhas pacatas, casario sóbrio e das antigas – coisicas à toa que não cansam de me encantar quando viajo.

Junto ‘al mare’, Carrara lembra as pequenas cidades da Riviera Francesa, com prédios de três andares (ou seriam quatro?) e apartamentos com varandas cobertas por um manjado toldo verde.

Óbvio que, na Itália, não há a tal e propalada badalação. Mas, não faltam estilo e óculos escuros para a rapaziada que transita por lá.

Diria que Marina de Carrara é um bom lugar para eventuais turnês pela Costa da Toscana e da Ligúria.

Dali, do seu porto, partem barcos turísticos de hora em hora.

Não sou guia de nada, quando muito um andarilho bem remediado, mas carimbo e dou fé:

Vale conhecer!

*Tem fofoca, amigos.

Fofoca histórica, pois, como já disse, na Itália tudo é… ‘histórico’.

No centrinho de Marina de Carrara, veja com o que nos deparamos.

(Até fotografei.)

Um prédio bem conservado, pintura recente, um amarronzado de gosto duvidoso – e uma placa a anunciar a desdita.

Esqueçamos a construção igual a outras tantas – e nos fixemos na placa:

Explico o perrengue.

O escritor, poeta e dramaturgo irlandês Oscar Wilde deu uns bordejos por lá em priscas eras.

A bordo dos versos e da fama, encontrou-se com a elite local e surfou nas águas da paparicagem e do encantamento.

Conheceu um rapazote de fino trato, apaixonou-se por ele, tiveram lá seus encontros e cousa e lousa e muitas e esvoaçantes maripo(u)sas.

Até que a italianada descobriu o enrosco – e, indignada, ameaçou ir pra cima do safo Oscar.

O mármore ia cantar solto.

Mas, o bardo, avisado da trama, se escafedeu (sì innamorou e poi fuggi) na calada da noite.

Escapou ileso.

Diz a lenda que só mesmo seu maltratado coraçãozinho ficou lá ligeiramente abalroado pela paixão incompreendida pela sociedade local.

Olaiá…

Como diria Millôr Fernandes, a razão tem emoções que o coração desconhece.

Una canzone:

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