Sign up with your email address to be the first to know about new products, VIP offers, blog features & more.

Nossas orações para Jerry Adriani

Embora não saiba direito como funciona esse negócio de se dizer desta ou daquela geração, assumo e dou fé:

Sou da geração Jovem Guarda.

Inclusive já tasquei esse reconhecimento em textos anteriores, no Blog – e, imagino, que meus caros cinco ou seis leitores não se surpreenderão.

O certo sem mentira, a verdade muito verdadeira, é que devia ter por volta de 10 anos quando conheci esse tal de rock and roll, em tom abrasileirado.

Antes disso, quem ouvia Elvis, Paul Anka, Bill Haley – e me permitam a indiscrição – era a turma das minhas irmãs, alguns anos mais experientes que eu.

(Desculpem manas, Dorô e Rosa).

O meu pessoal começou a se ligar em música com os Beatles, por volta de 62/63 – e a versão tupiniquim dos cabeludos ingleses passava por Roberto, Erasmo e Cia – inclua-se, aqui, o nobre Jerry Adriani.

II.

Permitam-me agora lembrar uma historinha pessoal.

Antes do sucesso que a TV ajudou a consolidar, Erasmo e Jerry fizeram uma apresentação no salão nobre do Colégio Nossa Senhora da Glória, onde eu estudava. Por essa época, 62/63.

Lembro a estranheza que causou a notícia do show entre nós:

Show de rock?

O colégio era exclusivo para garotos vidrados em futebol, futebol e … futebol.

Era uma tarde ensolarada, boa para um bom match. O campo de terra batida, ali, à nossa frente, à nossa espera. E nós, rumo ao salão nobre em fila, atrás do Irmão Fidélis, o professor. Trocávamos olhares desconfiados como a perguntar?

– Quem são os figuras? Jogam onde?

III.

Não jogavam. Davam seus primeiros passos na carreira artística. Batalhavam pelo sucesso que alcançaram meses depois. Naquela tarde, cada qual cantou duas ou três canções acompanhando-se ao violão.

Erasmo apresentou um “vasto” repertório com as incríveis “Terror dos Namorados”, “Pescaria” e “Parei na Contramão” – esta última tocava insistentemente nas rádios na voz de Roberto, então um jovem e promissor talento. Jerry, por sua vez, cantou “Querida”, uma versão de “O Sole Mio” em inglês e em ritmo de rock e uma ou outra canção em italiano.

Não houve qualquer interação com a plateia. Tão silenciosos como entramos, saímos dali. Sempre de olho grande no campo de futebol.

IV.

Desconfio que nem sequer os ilustres artistas são capazes de lembrar do supershow que fizeram para um bando de marmanjos desinteressados.

Recuperei esta historinha ao ler a notícia sobre o estado de saúde de Jerry Adriani. Ele não está nada bem, internado em um hospital no Rio de Janeiro. Seus familiares, via redes sociais, pedem uma corrente de oração pela recuperação de Jerry.

Eu, que depois virei jovemguardiano convicto, reitero aqui o pedido. E rezo por ele e por todos os que enfrentam essa mesma luta.

Que Deus os ilumine e guarde!

Contem com nossas orações…

(Foto: facebook.com/jerryadrianioficial)/